tag:blogger.com,1999:blog-6722502380464355365.post1208053325354813265..comments2023-03-28T09:36:09.702-03:00Comments on Rô Candel Pitonisa: SOBRE O LONGA "XINGU"ROSANA J. CANDELOROhttp://www.blogger.com/profile/13558771526223440122noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-6722502380464355365.post-53677429058790290602012-04-26T15:55:03.331-03:002012-04-26T15:55:03.331-03:00Oi, Rô. Bom texto. Acho interessante o gosto do Ca...Oi, Rô. Bom texto. Acho interessante o gosto do Cao Hamburger por narrar não diretamente a ditadura, em seus meandros políticos estritos, mas alguma coisa que se desenvolveu no contexto da ditatura. Em "o ano..." e agora neste "Xingu", fazendo essa travessia, ele conseguiu trabalhar realmente de maneira poética, em meio ao desagradável, ou melhor, ele conseguiu captar poesia enquanto em volta o país vivia um de seus mais amargos capítulos. Nesse sentido, entretanto, achei "O ano..." mais poderoso em termos de narrativa. Talvez porque as personagens, em sendo históricas, já têm narrativa conhecida, antes de surgirem na tela. Em "o ano..." apenas o contexto tinha narrativa, ou muitas narrativas, e ficávamos totalmente à disposição do narrador, por não conhecermos nada além de alguns tópicos políticos. Outra coisa: o "olhar do espectador", em "Xingu", é o olhar de um terceiro ou quarto membro da equipe quase que documentando as ações mais elementares. Raramente temos impressões, a não ser em situações dramáticas intimistas. Isso, a meu ver, aproxima o filme da estética "documentário". É outra coisa que senti um pouco de falta. Às vezes fiquei querendo um pouco de calor indígena nesse sentido. Até para aproveitar a excelente performance que eles tiveram em cena, colocando muito ator mixuruca por aí no chinelo.<br /><br />Comentei com a Ana que ainda acho "Fitzcarraldo", do Werner Herzog, um dos mais belos arranjos sobre os índios brasileiros. É isso aí, Rô. Grande abraço!Fabiano Feltenhttps://www.blogger.com/profile/00892167922605298719noreply@blogger.com