Neste verão, iniciei a minha peregrinação ao cinema na metade de novembro, quando do lançamento doe"A pele que habito", do Almodóvar. Detestei o filme, em que pese a crítica elogiosa de Marcus Mello, editor e colaborador da revista de cinema "Teorema", neste último exemplar, completando seus dez anos de edição. Tive a impressão de estar assistindo a um filme de Hithcock misturado com o bem menos brilhante Brian de Palma, na linha de "Dublê de corpo"!
Depois, fui acompanhando a safra do pré-Natal e assisti ao "A árvore do amor", um filme chinês do Zhang Yimou, ambientado durante a Revolução Cultural. Outro longa, desta vez australiano, de Bruce Beresford, de 2009, que também trata da China moísta, revela um pobre bailarino chinês, durante o regime maoísta, proveniente do meio rural, que sai do país para integrar-se como solista à Companhia do Houston Balé, nos EUA. Aí, as desventuras do bailarino iniciam-se quando o governo chinês obriga-o a retornar ao país. Fui à sessão de "Inquietos", o último longa do admirável Gus van Saint. É um libelo de amor à adolescência, sua delicadeza e também violência! Lindo o filme! Após, assisti ao último longa do francês Leclerc, o delicioso "Todos os nomes do amor", sobre uma militante que convencia seus amantes de direita a passarem para a esquerda, através de sexo.
Outro francês, o 'L'Apollonide', de Bertrand Bonello, sobre um cabaré de Paris, durante a Belle Epoque, deixou muito a desejar, porque tratou da prostituição de modo superficial e sem densidade psicológica de suas personagens. Por fim, assisti aos "Os Imortais", em 3D, e que os amigos cinéfilos me perdoem, para checar a tecnologia nas cenas de batalha. A mitologia grega foi assassinada, porque o roteirista misturou Hipérion com o Minotauro.
Assisti também ao "O espião que sabia demais", de Thomas Alfredson. O filme é difícil e percebi que 12 pessoas retiram-se da sala, ao longo da sessão, no Arteplex em POA, o que denota que o longa exige massa encefálica e atenção. Gary Oldman está excepcional em sua atuação e espero que ele leve um Oscar para sua casa! O filme é baseado em um romance sobre dupla espionagem, ambientado na época da Guerra Fria.
Para encerrar, assisti hoje à noite, aqui em Santa Cruz, com meus parceiros de cinema, ao segundo filme do Sherlock Holmes. Ele inicia-se desinteressante e sem ritmo, mas da metade para o final há um plus, que o torna apetitoso.
É isso! Aceito comentários!
Abraço a todos!