Fonte: Youtube
Há dias, venho pensando na efeméride dos 20 anos de falecimento do escritor chileno Roberto Bolaño, além do fato de que teria de retomar as escrituras deste blog. Na verdade, o dia 15 de julho de 2003 ficou na memória daqueles que amam a literatura hispânica, que apreciam a boa literatura em geral, pois perdemos um grande trabalhador da escrita. Nicanor Parra, matemático e grande poeta chileno, falecido somente em 2018, comentou, quando da perda de Bolaño, que ficaram "devendo um fígado ao escritor", por conta de uma doença hepática severa que o acometeu. Bolaño estava em uma lista para receber um transplante de fígado, o que não ocorreu a tempo, falecendo, precocemente, aos 50 anos.
A obra de Roberto Bolaño não é para qualquer leitor. Os textos são longos, elaborados e caudalosos! Iniciei de trás para frente a lê-los, ou seja, devorei o grande volume de "2666", publicado postumamente em 2004. Depois dele, só fui voltando na cronologia... A emoção que a leitura de "2666" causou-me foi semelhante ao assombro do livro "Graça Infinita", de 1996, de David Foster Wallace (tenho uma postagem sobre ele neste blog).
Estou a quase 90 dias de viajar novamente para o exterior. Irei à Islândia visitar minha filha; depois, passarei uns dias em Barcelona, Madrid, Andorra-a-Velha e Istambul. Quando eu estiver em Barcelona, pretendo pegar um trem e ir até a cidade litorânea de Blanes, província de Girona, cidade na qual Bolaño viveu desde os anos 80 até falecer.
Encontrei vários sites que tratam de um suposto "Circuito Bolaño" em Blanes. No site de turismo da Costa Brava, há uma "Ruta Bolaño". No final deste ano, de 2023, postarei fotos e impressões desse passeio literário.
Salve Bolaño! Que viva em nossos corações para sempre!
Até mais!