(comentário revisado e ampliado. Meu blog atingiu neste final de semana 19.500 acessos aos meus posts! Obrigada amigos, filha, alunos, ex-alunos e interessados!)
Assisti ao longa "Uma garrafa no Mar de Gaza", de Thierry Binisti, no Rio de Janeiro, no início de abril, sem ter lido nada sobre o filme. O mesmo já está em cartaz em Porto Alegre e no elenco conta com os jovens atores Agathe Bonitzer e Mahmud Shalaby, ela no papel de uma francesa de origem judaica e ele de um palestino, vivendo com a mãe nos acampamentos de Gaza (a, aproximadamente, 70km de Tel-Aviv), sob o domínio do Exército Israelense. A população ali é predominantemete muçulmana sunita, o que se percebe pelos pequenos ritos das famílias dos personagens palestinos. A área, que congrega quase dois milhões de habitantes, é controlada pelo Hamas desde 2007, período em que se passa a narrativa desse filme. Considero muito interessante o que se produz cinematograficamente em países como o Líbano, Irã e Israel. O último libanês a que assisti no Cine Guion em Porto Alegre foi o "E agora aonde vamos", (2012) de Nadine Labaki (o comentei em meu blog), a mesma diretora de "Caramelo". O último iraniano foi o "A separação" (2011), de Asgahar Farhadi, que eu apreciei muito e também o comentei neste blog. Há um filme israelense em cartaz, em Porto Alegre, que meus amigos de origem judaica já foram conferir, o "Nota de rodapé" (2011), de Joseph Cedar, de Israel. Pois bem, retomando o "Uma garrafa no Mar de Gaza", a tal garrafa do título atraca em uma barranca de areia do Mar de Gaza e um garoto palestino a pega, lê o bilhete enrolado dentro da mesma, assinado por uma menina israelense, indignada com a guerra e com o destino incerto de sua vida. Ao final, ela divulga seu email para contato e o palestino passa a se comunicar com ela, tornam-se amigos virtuais, ele começa a estudar francês para se comunicar melhor com a francesa de família judaica e, mais adiante, levando a sério o estudo dessa língua, candidata-se a uma bolsa para fazer um curso de qualificação na língua francesa em Paris, sonhando em sair daquela vida opressora e sem futuro. Passado um ano, os dois conseguem se ver, pessoalmente, na fronteira, quando o jovem palestino viaja em direção ao aeroporto internacional de Tel-Aviv, tutelado por seu professor de Francês, para embarcar. Muito interessante a construção da relação dos dois, por email, a reflexão que cada um faz de suas contingências e de seus limites e, sobretudo, das diferenças religiosas e políticas de suas culturas, que impede sua convivência.
Assisti ao longa "Uma garrafa no Mar de Gaza", de Thierry Binisti, no Rio de Janeiro, no início de abril, sem ter lido nada sobre o filme. O mesmo já está em cartaz em Porto Alegre e no elenco conta com os jovens atores Agathe Bonitzer e Mahmud Shalaby, ela no papel de uma francesa de origem judaica e ele de um palestino, vivendo com a mãe nos acampamentos de Gaza (a, aproximadamente, 70km de Tel-Aviv), sob o domínio do Exército Israelense. A população ali é predominantemete muçulmana sunita, o que se percebe pelos pequenos ritos das famílias dos personagens palestinos. A área, que congrega quase dois milhões de habitantes, é controlada pelo Hamas desde 2007, período em que se passa a narrativa desse filme. Considero muito interessante o que se produz cinematograficamente em países como o Líbano, Irã e Israel. O último libanês a que assisti no Cine Guion em Porto Alegre foi o "E agora aonde vamos", (2012) de Nadine Labaki (o comentei em meu blog), a mesma diretora de "Caramelo". O último iraniano foi o "A separação" (2011), de Asgahar Farhadi, que eu apreciei muito e também o comentei neste blog. Há um filme israelense em cartaz, em Porto Alegre, que meus amigos de origem judaica já foram conferir, o "Nota de rodapé" (2011), de Joseph Cedar, de Israel. Pois bem, retomando o "Uma garrafa no Mar de Gaza", a tal garrafa do título atraca em uma barranca de areia do Mar de Gaza e um garoto palestino a pega, lê o bilhete enrolado dentro da mesma, assinado por uma menina israelense, indignada com a guerra e com o destino incerto de sua vida. Ao final, ela divulga seu email para contato e o palestino passa a se comunicar com ela, tornam-se amigos virtuais, ele começa a estudar francês para se comunicar melhor com a francesa de família judaica e, mais adiante, levando a sério o estudo dessa língua, candidata-se a uma bolsa para fazer um curso de qualificação na língua francesa em Paris, sonhando em sair daquela vida opressora e sem futuro. Passado um ano, os dois conseguem se ver, pessoalmente, na fronteira, quando o jovem palestino viaja em direção ao aeroporto internacional de Tel-Aviv, tutelado por seu professor de Francês, para embarcar. Muito interessante a construção da relação dos dois, por email, a reflexão que cada um faz de suas contingências e de seus limites e, sobretudo, das diferenças religiosas e políticas de suas culturas, que impede sua convivência.