Estive no RJ no final de semana passado para visitar minha família. Aproveitei e assisti a três longas nos cinemas de arte do Botafogo: dois eram do Festival de Cinema do Rio, que acabara no dia 8 de outubro, e um deles já estava em circuito. Assisti ao terrível e forte "Miss Violence", de Alexandros Avranas, co-roteirizado pelo diretor e por Kosta Peroulis, que provoca uma aflição intensa no espectador em seus primeiros minutos, em meio a uma festinha de 11 anos de uma das filhas do casal protagonista. Não vou comentar a cena, tampouco adiantar o tema sobre o qual o filme discorre. Ele tem de ser degustado com parcimônia e tranquilidade para que sua dimensão estética seja identificada e saboreada, uma vez que o mesmo arrebatou o Leão de Prata de Direção no Festival de Cinema de Veneza do ano passado, além dos prêmios conferidos ao filme na própria Grécia. Tentei assisti-lo na Mostra Internacional de Cinema de SP no ano passado, mas não consegui ingresso. Só o conferi agora no RJ, em outubro de 2014. Conferi na respescagem do Festival do Rio o belo documentário sobre a filósofa e escritora Susan Sontag, que faleceu em 2003 de câncer. Na qualidade de docente de Filosofia, sempre tive apreço pela obra de Sontag, que acompanho desde os Anos 80. Fiquei emocionada ao ver fotos e ouvir narrativas sobre sua vida pessoal. O documentário foi produzido em branco e preto pela diretora Nancy Kates, com roteiro da própria Kates e de John Haptas. A voz que se ouve ao longo do filme, que sussurra palavras da lavra de Sontag, é de Patricia Clarkson (continuo depois...).
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