Nas cinco noites em que estive na Catânia, Sudeste da Sicília, fui ao vulcão Etna (ler post anterior), ao Carnaval de Acireale, a Siracusa (post a ser escrito) e a Valetta, Malta (post a ser escrito). Fiz uma caminhada pelo centro histórico da cidade, no meu primeiro dia. Catânia foi fundada no século VIII a. C. pelos calcídicos, gregos originados na Ilha de Eubeia. A santa padroeira da cidade é Ágata. Abaixo, o Duomo de Catânia. Nele, estão depositados os restos mortais do grande maestro Belinni, natural da cidade. A catedral (duomo) foi construída no século XI, sobre as termas romanas da cidade, mas teve de ser reconstruída várias vezes por conta de terremotos e erupções do vulcão Etna. Na última vez em que teve de ser remodelada, tornou-se uma igreja em estilo barroco:
Ágata era filha de nobres da Catânia. Viveu entre os séculos III e IV a. C., ou seja, ainda no período de dominação romana. Foi presa e torturada pelo governante romano da época. São Pedro teria visitado Ágata na prisão e curado suas feridas. Ela faleceu no dia 5 de fevereiro de 251 ou 254. As relíquias de Santa Ágata estão depositadas em nichos dentro da catedral. Cheguei na Catânia justamente no dia 6 de fevereiro para não esbarrar com milhares de devotos da santa, que é a protetora da cidade contra os terremotos. Vi pela TV a romaria gigante rumo à catedral.
A seguir, um sítio arqueológico romano dentro da área do Mosteiro dos Beneditinos, fundado do século XVI e reconstruído no século XVII, após uma erupção do Etna e um terremoto. Hoje, ele é propriedade da prefeitura municipal e patrimônio cultural outorgado pela UNESCO. Na segunda foto, abaixo, vê-se o portão principal do ex-mosteiro, em estilo barraco tardio [esse estilo imperou na Sicília entre 1730 e 1780, após uma erupção do Etna que destruiu a região Leste da ilha. O estilo barroco tardio possui as curvas e os floreios do barraco clássico, mas os arquitetos sicilianos adicionaram algo bem peculiar a ele, que são as máscaras e as figuras de pequenas crianças aladas, que estão presentes nas grandes janelas do mosteiro]:
O elefante, símbolo da cidade, um elemento mítico que protege a Catânia das erupções do Etna, fica em uma fonte na Piazza del Duomo, no coração de seu centro histórico, e foi construído no século XVIII com pedra lávica, sob a dominação espanhola:
E, por fim, o Teatro Romano e o Odeón, escondidos no perímetro urbano, entre prédios e casas da Catânia, datam do século I da era cristã.
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