O Memorial da Resistência Alemã (Gedenkstätte Deutscher Widerstand), de Berlim, foi criado pelo Senado em 1968, dedicando-se à memória e à documentação da resistência alemã ao nazismo.
Não registra apenas o envolvimento de dezenas de oficiais nazistas no atentado contra Hitler na Prússia Oriental, em 1944, conhecido como "Operação Valquíria". Planos para derrubar Hitler já haviam sido realizados desde 1938, antes da guerra. Outras ações civis conjuntas da classe média e de socialistas contra o nazismo ficaram no anonimato durante décadas.
Em 2008, foi inaugurado o "Memorial aos Heróis Silenciosos", no mesmo prédio, no qual 250 alemães, que esconderam judeus, são revelados. Estima-se que 5 mil judeus tenham escapado das deportações para os campos, sendo que 1700 eram residentes em Berlim.
A rua em que esse centro de documentação funciona fica pertinho do Tiergarten. A rua chama-se Stauffenbergstrasse, em alusão ao nome do coronel nazista Claus Graf Schenk von Stauffenberg. Quando ele foi promovido a chefe de pessoal do quartel general em Berlim, pôde se aproximar de outros oficiais que já conspiravam contra o nazismo.
Stauffenberg foi o responsável por deixar uma mala com explosivos sob a mesa em que Hitler se sentaria para coordenar uma reunião. Quatro pessoas das 25 envolvidas morreram. Stauffenberg escapou e voltou para Berlim certo de que Hitler teria sido morto na operação. Ele é mais dois oficiais foram executados no pátio do Bendler Block, ali mesmo, pertinho do memorial. No lugar de sua execução há uma escultura em bronze e uma placa com uma inscrição no chão. Passei duas horas lendo todos os painéis e aprendendo mais sobre o tema. No pátio, emocionei-me com o silêncio do local e com o simbolismo que o conjunto escultórico emana. Recomendo muito esta visita. O memorial fica bem pertinho de uma galeria de arte, a Gemäldegalerie.
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