É impressionante a ocorrência de protestos de trabalhadores e estudantes na França. Neste final de semana, milhares de estudantes, escolares e universitários, apoiaram trabalhadores franceses na pressão contra as reformas propostas pelo governo Sarkozy, através de projeto de lei que altera a idade mínima para o acesso às aposentadorias.
No Japão, para se obter uma aposentadoria integral é preciso trabalhar até os 65 anos, a partir de 2013, e, para as mulheres, a partir de 2018. Já na Alemanha, até 2029, a exigência de idade será 67 anos.
Na França, a idade mínima legal é ainda de 60 anos, desde 1983. O governo Sarkozy, no entanto, afirma que não aceitará concessões desta vez, referindo-se a 2006, em que, sob contínuos protestos no país, recuou e retirou o projeto de lei, que preconizava contratos de trabalhos para jovens. A proposta é de elevar a idade mínima, para o encaminhamento da aposentadoria, para os 62 anos, a partir de 2018, garantindo o valor integral da aposentadoria somente aos 67.
Isso significa, para os jovens, que, quanto mais tarde os trabalhadores se jubilarem, menos chances aqueles terão de encontrar um posto no mercado de trabalho. É isso que inúmeros jovens entrevistados pela imprensa internacional alegaram em sua marcha de protestos.
Vamos aguardar para ver o que vai acontecer hoje, dia 19 de outubro, em mais um dia de “não” na França, de parte de trabalhadores e estudantes. Se os professores franceses tivessem que contar com o fator previdenciário e a regra dos 95, como nós, professores brasileiros, consignariam um crédito para promover uma outra queda da Bastilha!
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