Morte não é a perda da Vida. O morrer den-
tro de nós, enquanto vivemos, é que é Morte! (Rô)
À ESPERA
Meu querer tem teu nome
Teu nome não prescrito em mim
Porção de ti que aplaca a minha fome
Vem me encontrar: um início depois do fim.
(Em casa – 25.05.12)
EPISTEMOLOGIA
Guardiã da Razão,
Minha Filosofia não sabe o que me indicar
Cala a boca da minha Dor,
Mas é a Memória quem desobedece
E o teu nome sempre me traz!
(Em casa – 26.05.12)
PAUSA
Seguro
e confiante,
Volta
a acolher-me!
- O
tempo cingido em mim, à espera...
(Em
casa - 29.05.12)
MEIO SONETO
DE MORTE
(...)
Apaziguava o meu
sexo árido, que gritava pelo teu há muitos meses.
Não ouvia, nunca ouvia o meu triste nome
Ser enunciado pela
tua boca
nesses infindos meses.
nesses infindos meses.
Macero minha vida e o sofrimento que nela jaz
Ainda canto e toco ao violão o meu Fado funesto
Para este Amor ser soterrado
e junto enterrar a fome voraz deste sofrimento.
e junto enterrar a fome voraz deste sofrimento.
(Em casa - 30.06.12)
MELANCHOLIA
II
Galeno
e Aristóteles
Dürer,
Burton e Freud
Melancolia
e gênio
Melancolia
e mania
Bílis
negra a atormentar-me
Obriga-me,
pois, outra tornar-me
Freud,
Burton e Dürer
-
Quem vai salvar-me de minha ira?
(Em casa - 30.6.12)