Encontro-me desde ontem em Santa Maria, confinada no Hotel Itaimbé, no V Colóquio Internacional de Ética e Ética Aplicada, do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Filosofia da UFSM, financiado pela CAPES, CNPq e FAPERGS.
Minha satisfação é imensa e a linguagem é insuficiente para expressar meu sentimento efusivo por ouvir abordagens com roupagens autorais de ex-colegas de faculdade, conhecidos meus de 30 anos atrás, de debates em salas de aula na UFRGS, ao nível de graduação e mestrado.
Ter a oportunidade inusitada de desapergar-se da rotina diária, dos compromissos muitas vezes repetitivos do ofício de professor, das tarefas burocratizantes, que domesticam as sinapses, para poder se entregar, sem pensar no soberano Tempo, ao desfrute de falas altamente técnicas, exegéticas e, não raras vezes, originais, sobre os sentimentos morais nas filosofias de Kant e Hume, é algo que gera muito prazer intelectual.
O problema colocado na obra de Kant sobre por que a razão deve se preocupar com a felicidade, ou se há na obra de Kant, na 'Fundamentação da Metafísica dos Costumes' uma dimensão correlata à Justiça, ou seja, a felicidade como direito e justiça, e não como prêmio, ou, ainda, a ideia de um "orgulho inativo" na obra de Hume, do orgulho, como uma paixão importante para a formação de uma identidade pessoal marcante, foram temas de diferentes momentos, de diferentes filósofos, que irmanaram a todos no dia de ontem e hoje.
A questão da Felicidade esteve tangenciando as falas da tarde de hoje, do ponto de vista da ética aristotélica, como realização da vida e a vida excelente, do ponto de vista estóico e do ponto de vista da moral da obrigação, via Kant.
É isso, quase que um estrebuchar após a tarde memorável de aprendizado e trocas. Que venham as comunicações na parte da noite.
Até mais! Postarei mais um comentário após esse colóquio!
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