Após muitas expedições pelo Ártico, os ativistas do Greenpeace (entre eles, há uma gaúcha de Porto Alegre, Ana Paula Maciel, de 31 anos, bióloga formada pela Ulbra e que se juntou ao grupo por força de um acaso, em 2006. Ela havia se inscrito para integrar o grupo em uma viagem à Amazônia. Quando uma das pessoas não compareceu, ela foi chamada e, desde então, já se passaram sete anos. Também visitei o barco do Greenpeace, quando o mesmo esteve atracado no porto da capital gaúcha. Eu já colaborava mensalmente com essa ONG à qual estive filiada por nove meses) desta vez foram presos pela marinha costeira russa. Retomando o episódio, todos os 28 ativistas estão presos, além de um jornalista e um fotógrafo russo. Há vários diplomatas, de vários países distintos, tentando reverter a sentença: 15 anos de pena por 'pirataria'. Os ativistas que escalaram a petroleira Gazpron foram debelados com jato de água e, no dia subsequente, todos foram presos a bordo do Rainbow Warrior. Algo mais violento até poderia ter ocorrido, mas não rolou. Na década de 80, não me recordo em que ano, o barco do Greenpeace foi incendiado e uma pessoa morreu na ação. O problema é que os russos querem petróleo da região do Ártico. Para perfurarem offshore é preciso remover os icebergs e derreter placas de gelo. Uma operação dessas pode desencadear um vazamento e desequilibrar o ecossistema do Ártico, o que resultaria em uma catástrofe ambiental. Fico chocada com esse tipo de resolução, de parte da Rússia. A Anistia Internacional e a WWF já interviram junto às autoridades. Efetivamente, os ativistas do Greenpeace ignoraram códigos internacionais, mas não são praticantes de 'pirataria'. Tendo em vista que o Putin já fez coisas meio doidas, além de mandar prender as meninas do grupo Pussy Riot, retiradas à força do altar da maior catedral cristã ortodoxa de Moscou, o que será que vem pela frente, uma vez que segue o seu mandato? Como resolver esse caso de natureza diplomática?
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