Passei dois dias em Porto Alegre, quinta e sexta (14 e 15 de novembro), e aproveitei para assistir a dois longas. Fui conferir o último de Wood Allen, o 'Blue Jasmine' (2013), por conta de que fiquei decepcionada com os dois últimos a que assisti, com locações em Paris e Roma. Para quem apreciou o drama 'Match Point', como eu, Woody Allen iniciou bem sua lavra de tragédias, porque os dois anteriormente comentados foram fracos e tristes. A Kate Blanchet, estrela de 'Blue Jasmine', está espetacular, como uma viúva decadente, ex-esposa de um salafrário de NY. Prefiro suas comédias neurotizantes, cujo humor judaico deixou saudades em todos que curtem a sua cinematografia. Paciência! Depois, na tarde do feriado, quando um grande temporal ameaçava a capital, eu estava dentro da Sala 8 do Itaú, louca para assistir à produção alemã de 'Lore' (2012), da diretora Cate Shortland. Foram apenas 15 minutos de projeção e tudo foi cancelado nas oito salas Itaú. O mundo caía sobre Porto Alegre e foram mais de 30 minutos sem energia elétrica. Que frustração! Entrei em uma fila e fui reembolsada! Esse filme ficará para a próxima sexta, dia 22. No sábado, dia 23, irei com amigos ao festival de Blues de Caxias do Sul (com meu querido Maurício Grassel), que ocorre há anos no Mississipi Delta Bar. Haverá também outra edição do Festival de Jazz, em Canoas. Uma boa pedida para quem estará em Porto Alegre! Quanto a filmes em DVD, comprei dois Joseph Losey, "A vida de Galileu", montagem de Brecht transposta para a tela grande, produção de 1975, e mais "O assassinato de Trotsky", de 1972, com Richard Burton no papel do líder comunista. Maravilhosos os dois filmes de Losey, que foi aluno de Brecht, na Alemanha. Também comprei uma caixa da Versátil, com cinco clássicos do cineasta japonês Yasujiro Ozu (1903-1963) (dica de meu amigão cinéfilo, Fabiano Felten). Reassisti ao belo "Era uma vez em Tóquio" (1953), que também foi projetado na 37ª Mostra Internacional de Cinema de SP, na qual estive há três semanas, mas os ingressos estavam esgotados para a exibição do mesmo. Tenho mais quatro longas do Ozu para conferir, com paixão e cuidado. No âmbito das leituras literárias, para as quais tenho tão pouco tempo em final de semestre letivo, mesmo assim, consegui terminar de ler o "Projeto Lazarus", de Aleksandar Hemon, o grande homenageado da FLIP deste ano. Terminei também um livro que ganhei de minha filha, o "Flores raras e banalíssimas", de Carmen L. Oliveira, trazido da Bienal do Livro do RJ para mim. Como assisti ao filme homônimo, de Bruno Barreto, de 2012, foi importante ter lido o resultado da pesquisa de Carmen Oliveira. Depois disso, embebi-me nos poemas de Elizabeth Bishop e ofertei o volume à minha grande amiga que aniversariava, já há três décadas, parceira de viagens, filmes e teatro, a Lucy Demari. Por fim, comprei "A lebre com olhos de âmbar", de Edmund de Waal, que a querida Sandra Moscovich, leitora inveterada, me recomendou, e já estou saboreando o texto, que se reporta aos ascendentes de sua família no Império Austro-Húngaro, que tinha obsessão pela cultura nipônica, especialmente pelos famosos setsuquês. O livro que realmente me olha e me espera é o romance do berlinense, que esteve falando na Feira do Livro de Porto Alegre na terça, dia 12 de novembro, Robert Löhr. Seu "A manobra do rei dos elfos", foi publicado pela Record em 2011, mas eu ainda não tinha notícias da existência desse escritor. Mesmo em tempos difíceis de trabalho, por isso voltei para casa, não posso ficar sem um bom filme em DVD e um bom livro para degustar. Abraço a todos!
Só esqueceu de dizer que se encontrou com a sua filha amada e seu genro querido para um bate-papo rápido no shopp.. kkk Nossa, aquele temporal foi tenso.. e uma pena terem cancelado as sessões, jurava que os cinemas tivessem geradores. Beijos, Mi
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Não me esqueci, Mimo, só não comentei os programas. Eu teria de ter falado também da janta com a Lucy, mas resolvi focar no tema. Um beijo e obrigada pelo comentário!
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