Estive em La Valletta em fevereiro de 2016. Faz, portanto, 13 meses. Acabei não fazendo uma postagem sobre o meu passeio na capital da República de Malta. Na terça passada, dia 7 de março de 2017, uma notícia triste correu o mundo: aquele lindo portão de pedra (Azure Window) sobre o mar, que serviu de locação para vários filmes, inclusive para a série Games of Thrones, sofreu um colapso e caiu. Eu não estive em Gozo, ilha na qual estava a Azure Window (as outras ilhas do arquipélago são desabitadas por conta de armamentos bélicos remanescentes da Segunda Guerra Mundial, que ainda jazem por lá). Abaixo, a Azure Window (Google):
Em função disso, resolvi escrever sobre La Valletta. Fiz um bate-e-volta, saindo de manhã bem cedo da Catânia (Sicília) em um voo de apenas 28 minutos à capital da península de Malta. Retornei à Catânia em um voo às 20h. Portanto, permaneci em La Valletta exatamente 12 horas, o suficiente para conhecer o mais relevante, historicamente.
No século XVI, os Cavaleiros de São João de Jerusalém (também conhecidos como Cavaleiros da Ordem de Malta) instalaram-se na ilha. Continuavam em guerra com os otomanos, que, em 1565, atacaram Malta. Esse episódio é chamado de "O Cerco de Malta", que resultou na derrocada dos turcos otomanos com os valiosos reforços vindos da Sicília. Os cavaleiros fixaram-se, então, em um pequeno porto natural, que mais tarde passou a se chamar La Valletta.
Abaixo, algumas fotos do centro histórico de La Valletta:
Há quatro pontos turísticos imperdíveis em La Valletta: o Museu Nacional de Arqueologia (na Republic Street, bem na rua principal); o Museu da Segunda Guerra Mundial (ao final da Republic Street); um grande sino de bronze, na cidade histórica, inaugurado em 2015, por ocasião dos 70 anos do final da Segunda Guerra Mundial, em homenagem aos militares que morreram lutando; e, por fim, a indicação mais importante: a Saint John's Cathedral (denominada de "co-catedral")! Simplesmente de tirar o fôlego!
O museu arqueológico é fundamental para compreendermos o solo primitivo do arquipélago, que apresenta monumentos megalíticos e muitos artefatos pré-históricos conservados. Vejam as fotos:
O Museu da Segunda Guerra Mundial foi muito instrutivo para mim, que estava à procura de informações mais precisas sobre a 'Operação Husky', em 1943, que invadiu a Sicília e resultou na retirada da Itália do Eixo, na Segunda Guerra Mundial. Isso enfraqueceu o III Reich, na sequência. Abaixo, apresento algumas fotos feitas dentro das salas do museu, instalado no antigo Fort Saint Elmo:
Por fim, a Catedral de São João (Saint John's Cathedral) e suas capelas construídas pelos Cavaleiros de Malta com ouro e muitas pedras preciosas. Fui até a catedral especialmente para ver duas telas de Caravaggio, que viveu por um curto período em La Valletta, antes de morrer. São elas: "A decapitação de São João Baptista" (um mural de 1608), em imagem do Google, uma vez que fotos eram proibidas na sala especial em que se encontrava.
E a tela, em menor dimensão, denominada "São Jerônimo Penitente" (1606). A seguir, a reprodução da tela pelo Google:
Para se ter uma ideia da suntuiosidade e riqueza da catedral, vejam as fotos a seguir:
Visitem La Valletta! É um passeio cultural maravilhoso! A capital é patrimônio mundial da UNESCO. Deixou de ser colônia britânica há pouco mais de 40 anos. Assim, todos falam a língua inglesa por lá. Até a próxima!