No dia 21 de julho de 1969, eu vivia em São Paulo e tinha oito anos completos. Meu pai, jornalista gráfico do Jornal da Tarde (do Estadão), estava empolgado. Ligou a TV, quando chegou do trabalho, e juntos acompanhamos a reportagem sobre a conquista da Lua pelos dois primeiros astronautas estadunidenses, Armstrong e Aldrin (até a missão Apolo 17, mais dez astronautas também pisaram em solo lunar e coletaram muito material do satélite. Você sabia disso?). O Apolo 11 havia sido lançado no dia 16 de julho, propulsionado pelo foguete Saturn V. Os primeiros passos sobre o solo lunar foram vistos pelo mundo somente no dia 21 (EFE: http://www.efe.com), no auge da Guerra Fria. Meu pai fotografou as imagens dos astronautas no solo da Lua diretamente do monitor da TV - eu guardo estas fotos com carinho há meio século...
Há várias mostras e atividades pelo mundo, que integram as comemorações dos 50 anos da missão Apolo 11. No Brasil, tenho tentado identificá-las, mas não as encontrei, com exceção de um evento do Planetário da UFRGS, aqui em Porto Alegre. Na terça, 16 de julho, telescópios foram instalados na praça do planetário para a observação do eclipse parcial da Lua. Essa atividade foi aberta aos interessados e marcou a semana da chegada do homem à Lua. Abaixo, segue uma foto minha feita pelo celular:
Para quem viajar a Nova York nos próximos meses, o Metropolitan está celebrando a missão Apolo 11 com uma mostra fotográfico-documental, desde o início de julho, intitulada Apollo's Muse: The Moon in the Age of Photografy, que reúne 170 fotografias do satélite, pinturas, desenhos, filmes, objetos e aparelhos astronômicos. A curadoria é de Mia Fineman e a mostra pode ser visitada até 22 de setembro (In: http://www.gothamtogo.com).
Enquanto isso, teremos de aguardar até o final do ano para conferir um documentário muito comentado nos EUA, o When we were Apollo, de Zachary Weil (que estará disponível no streaming da Amazon Prime), sobre os milhares de desconhecidos que fizeram parte da missão Apolo 11, representados por 19 ex-funcionários, selecionados para as entrevistas.
Figuram duas mulheres, entre os demais. Uma delas é Heidi Collier, filha do cientista alemão Fritz Weber, que trabalhava com a fabricação de foguetes durante a Segunda Guerra Mundial. Depois, foi acolhido nos EUA pelo seu vasto conhecimento sobre o tema (In: http://www.newbeezer.com). O teaser do documentário está disponível no You Tube e os comentaristas afirmam que se trata de um trabalho diferenciado, que destaca o orgulho e o envolvimento da equipe multidisciplinar, tornando possível a missão e seu desfecho bem-sucedido.
Vamos aguardar!
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