Hoje, os amantes da literatura universal lembrar-se-ão do aniversário de 150 anos de morte de Charles Dickens (1812-1870). Ele foi um dos maiores escritores britânicos da era vitoriana. Aprendeu o Inglês e o Latim com sua própria mãe e tornou-se um fervoroso leitor na adolescência, prática interrompida pelo trabalho em uma fábrica aos 12 anos. Por conta do convívio com a classe trabalhadora, pôde observar, analisar e eternizar em suas obras a pobreza, a criminalidade, a injustiça, as ruas de Londres enegrecidas pelo carvão, a violência e as péssimas condições de trabalho durante a Revolução Industrial, na Inglaterra.
No sábado à noite, em Londres, a Abadia de Westminster, em parceria com o Museu Charles Dickens, promoveu um espetáculo, sem plateia por conta do coronavírus: efeitos visuais coloridos projetados na West Tower da abadia, associados a uma trilha sonora dramática, protagonizaram uma grande homenagem ao escritor (Fonte: www.westminster-abbey.org).
Para quem não conhece a obra de Dickens, uma boa dica é começar pelo "Um Conto de Natal", muito popular no mundo todo, em que o velho e avaro Scrooge recebe uma visita inesperada na véspera de Natal e sua vida muda para sempre.
Os livros protagonizados por crianças também atraem o público de todas as idades, como "Oliver Twist" e David Copperfield", essa considerada a obra-prima do escritor britânico mesclada por dados autobiográficos.
Por fim, talvez o de maior repercussão no final do século XIX, porque publicado em partes, semanalmente, em uma revista entre 1860 e 1861, mas, hoje, um pouco esquecido, o texto "Grandes Esperanças", o livro que eu mais amo de Dickens e no qual encontrei o protagonista Pip, cheio de bondade e de culpa, que perpassa um caminho de aventuras e de dores entre a pobreza e a ascensão social.
Uma boa oportunidade para adentrar a obra de Dickens nesta quarentena! #fiqueemcasa#
#leialivros#
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