Estive em Porto Alegre nos últimos dois finais de semana! Além dos encontros com amigos, tive a oportunidade de assistir ao documentário sobre o Raul Seixas, de Lula Carvalho ("Raul Seixas: o início, o fim e o meio"). Persona irreverente, músico e compositor, influenciou várias gerações de artistas no Brasil. O filme é afetivo e exalta o papel fundamental que a música de Raul teve junto à juventude que vivia, dolorosamente, os tempos duros da ditadura militar no Brasil. Ainda que o mesmo tenha dado muito espaço às preleções e percepções de Paulo Coelho, considero importante que a galera jovem, que pouco conhece o rock'n roll made in Brasil, confira-o.
Assisti depois ao filme que revela um episódio vivido por Marilyn Monroe em Londres ("Sete dias com Marilyn", de Simon Curtis), ao filmar com Sir Laurence Olivier a comédia romântica "O príncipe encantado". O filme é mediano, mas a interpretação de Michelle Williams é interessante e convincente.Por fim, o terceiro longa foi magistral! trata-se do filme de Agnès Varda sobre ela mesma, sua vida e sua cinematografia. Assisti-o no Guion Center em uma sala lotada de gente educada e que, certamente, prestigia cinema de arte em Porto Alegre. O filme é belo e surreal em algumas cenas, o que, considerando o fato de que a poética de Varda conjuga elementos da vertente Surrealista no cinema, não oi de surpreender. Esse, sim, deve ser conferido por aqueles que prezam a sétima arte.
Quanto à virada teatral que vivi neste último final de semana, em Porto Alegre, quero apenas destacar que o último espetáculo do Terça Insana, ocorrido em duas noites no Teatro do Bourbon, 4 e 5 de maio, exigia um nível de informação econômico-política do público bem maior que seus esquetes anteriores. O grupo desfraldou seu posicionamento político, em vários dos quadros, de modo irreverente, fazendo jus à acidez que tornou o projeto Terça Insana conhecido pelo You Tube, muito mais pelos palcos. Carlinhos Canhoeira, Demóstenes Torres, Dilma, Serra e Lula não escaparam da conjugação humor e política.
No domingo, dia 6 de maio, acompanhei, no Theatro São Pedro, às 14h30, um debate muito interessante sobre a atualização do trágico no teatro brasileiro. Estavam lá o diretor Gabriel Vilella (também dirigiu o suntuoso espetáculo "Calígula", com Thiago Lacerda, em 2010, no TSP) , da tragédia "Hécuba", de Eurípedes, que ocorreu às 18h no mesmo recinto, o diretor Aderbal Freire-Filho, do RJ, que estava atuando em uma peça do Palco Giratório do SESC em POA, Paulina Nólibos, docente de História Antiga, diretora teatral e integrante do grupo Oi Nóis Aqui Traveiz, de POA, e, por último, Juliana Galdino, de SP.
Cada um deles atestou sua experiência sobre as traduções e as montagens de tragédias gregas. Tarde bacana! Depois, às 18h, iniciou-se a montagem de "Hécuba", a mãe de Heitor, ao final da guerra de Tróia, que viveu a dor de presenciar o sacrifício de sua filha aos deuses dos aqueus.
Assisti depois ao filme que revela um episódio vivido por Marilyn Monroe em Londres ("Sete dias com Marilyn", de Simon Curtis), ao filmar com Sir Laurence Olivier a comédia romântica "O príncipe encantado". O filme é mediano, mas a interpretação de Michelle Williams é interessante e convincente.Por fim, o terceiro longa foi magistral! trata-se do filme de Agnès Varda sobre ela mesma, sua vida e sua cinematografia. Assisti-o no Guion Center em uma sala lotada de gente educada e que, certamente, prestigia cinema de arte em Porto Alegre. O filme é belo e surreal em algumas cenas, o que, considerando o fato de que a poética de Varda conjuga elementos da vertente Surrealista no cinema, não oi de surpreender. Esse, sim, deve ser conferido por aqueles que prezam a sétima arte.
Quanto à virada teatral que vivi neste último final de semana, em Porto Alegre, quero apenas destacar que o último espetáculo do Terça Insana, ocorrido em duas noites no Teatro do Bourbon, 4 e 5 de maio, exigia um nível de informação econômico-política do público bem maior que seus esquetes anteriores. O grupo desfraldou seu posicionamento político, em vários dos quadros, de modo irreverente, fazendo jus à acidez que tornou o projeto Terça Insana conhecido pelo You Tube, muito mais pelos palcos. Carlinhos Canhoeira, Demóstenes Torres, Dilma, Serra e Lula não escaparam da conjugação humor e política.
No domingo, dia 6 de maio, acompanhei, no Theatro São Pedro, às 14h30, um debate muito interessante sobre a atualização do trágico no teatro brasileiro. Estavam lá o diretor Gabriel Vilella (também dirigiu o suntuoso espetáculo "Calígula", com Thiago Lacerda, em 2010, no TSP) , da tragédia "Hécuba", de Eurípedes, que ocorreu às 18h no mesmo recinto, o diretor Aderbal Freire-Filho, do RJ, que estava atuando em uma peça do Palco Giratório do SESC em POA, Paulina Nólibos, docente de História Antiga, diretora teatral e integrante do grupo Oi Nóis Aqui Traveiz, de POA, e, por último, Juliana Galdino, de SP.
Cada um deles atestou sua experiência sobre as traduções e as montagens de tragédias gregas. Tarde bacana! Depois, às 18h, iniciou-se a montagem de "Hécuba", a mãe de Heitor, ao final da guerra de Tróia, que viveu a dor de presenciar o sacrifício de sua filha aos deuses dos aqueus.
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