Minha filha Mirelle ensinou-me um mantra para a liberação do Samsara, há alguns dias atrás. Li comentadores que afirmam que é muito poderoso enunciar as sílabas desse mantra tibetano. Ele tem a capacidade de nos libertar de problemas, lembranças desagradáveis e também de modificar ambientes pesados. OM TARE TUTTARE TURE SVAHA (a pronúncia mais próxima é "om tare tutare ture sorrá"). Há no You Tube alguns links da sonoridade desse mantra. O sentido aproximado de cada sílaba é:
OM: relaciona-se com os sagrados corpo, fala e mente de Tara.
TARE: neste trecho que o sofrimento é liberado.
TUTTARE: elimina todos os medos internos e externos, sejam eles vindos de desilusões ou de karmas.
TURE: esta parte concede todo o sucesso para a liberação da ignorância da natureza do Eu. É ela que mostra a verdadeira cessação do sofrimento.
SVAHA: significa “possa o significado do mantra enraizar-se em minha mente”. Pode ser considerado o “que assim seja”. (Fonte: http://sabedoriauniversal.wordpress.com).
Considero o "apego" como um tipo de exercício que é plasmado pelas ações/reações kármicas. Tenho praticado o contrário, o "desapego", desde sempre, sobretudo com relação à matéria, não apenas compartilhando tudo o que tenho, mas, especialmente, não adquirindo mais que o absolutamente necessário para a minha sobrevivência social e intelectual. O Bhagavad-Gita revela que aquele que abandona o apego egoísta em relação aos resultados de suas ações, segue intocado, como uma flor-de-lótus, que não é atingida pela podridão da lama em que nasce. Desapego é renunciar ao que não é essencial! Cultivar raiva, ódio ou indiferença por alguém é reafirmar o apego. Não compreendo como pessoas que se dizem espíritas, por exemplo, e afirmam compreender a doutrina kardecista, vivem apegadas às benesses que lhe foram concedidas um dia, e delas não se desapegam, mesmo sabedoras de que estão cometendo um equívoco e prejudicando outrem. Segundo o Bhagavad-Gita (cap. 16, verso 10), pessoas assim não têm conhecimento suficiente da impermanência e sentem-se vítimas, devido à ilusão, presas a uma rede de raiva, luxúria e egoísmo. Seres evoluídos e conscientes não tergiversam em fazer renúncias, em desapegar-se. Tenho muito o que aprender ainda - e necessito de mais tempo nesta existência para presenciar a extraordinária magia da mudança e do verdadeiro encontro com a consciência desperta, através da Meditação!
Namaste!
Lindo texto mãe.. pois é, depois de mto refletir acerca de aspectos que ainda tenho para melhorar em mim, percebi que o sentimento de raiva e frustração são alguns deles. Sentimentos tão primitivos, fortes e destrutivos, que somente com mto exercício, paciência, mantras e consciência é que será possível suavizá-los. Esse mantra da Tara Verde é lindíssimo e mto poderoso, e já o incorporei na minha vida, e digo que tem me ajudado mto. Espero que tb ajude outras pessoas, assim como vc e eu, a superar seus desafios e obstáculos nessa vida em busca de um crescimento espiritual e qualidade de vida.
ResponderExcluirAmo vc.
Namaskar :o)
O que é "Namaskar", filha? É um nome espiritual? Pois é, tentei sempre revelar o meu Amor, com franqueza e insitência, mas há uma "pessoa" que não o entende! Vou deixar de expressá-lo e permitir que a própria Vida faça a sua parte, no sentido de mostrar a ele o quão equivocado ele está, por conta do prejuízo que está nos causando, a mim e a ti, indiretamente! Não posso mais me expor! Isso abalaria a minha saúde e centramento. Encerrei minhas tentativas de um diálogo, que nunca aconteceu, a rigor! Um beijo, filha! Obrigada pelo Mantra! Eu o recito desde o dia que mo passaste! Beijos e um bom feriadão a vocês dois - e para os gatos tb.
ResponderExcluirToda nossa proposta de desapego é simplesmente mais um jogo do ego! Existem coisas que não nos interessam como pessoa, e interessam a outras. Mas isso ocorre naturalmente, e sem a idéia de perda ou ganho, de sesapego ou apego. Por isso, a investigação QUEM SE APEGA? deve ser implacável. E com muito amor nessa questao descobriremos que nada fazemos e que somos um espaço vazio amoroso e silencioso, e que toda a idéia de apego e desapego cai por terra. Então a vida natural se instala irregovavelmente. Questionando o EU que se apega nós chegamos à raíz do apego. Se preocupar com os objetos do apego é apenas se divertir no mundo das sombras...
ResponderExcluirAbração!!! Namaste!
Ai, Natta! Tu sempre me passando a perna! Quando eu considero que estou fazendo as reflexões adequadas para o meu "aqui e agora", vens tu e puxas o meu tapete! Muito interessante isso, Mestre! Novamente, lembro-te da relação do Tomás Rama e de seu mestre no templo Zen Budista do filme argentino. Namaste!
ExcluirO convite da psicanálise é olhar para os pensamentos.
ResponderExcluirO convite da meditação é olhar para o pensador.
E o mais incrível é que quando deslocamos a nossa atenção para perceber o observador dos pensamentos, não encontramos forma nem nome. Se descansarmos nisso haverá uma surpresa: aquilo que observa os pensamentos, que não é um pensamento, já está em paz!
Hummmmmm! Entendido, racionalmente! Tenho de compreender, intuitivamente, no entanto! Namaste, Mestre!
ResponderExcluirNossa, que incrível... conheço muito pouco da cultura oriental, mas eu a considero como uma das (se não a mais) evoluida no sentido espiritual, sem contar que é linda em todos os aspectos! Adoro aprender com vc Rô... Um beijo!
ResponderExcluirUma pergunta: posso utilizar esse mantra mesmo sem conhecer a cultura?
ResponderExcluirClaro, Lu! Nem eu mesma conhecia esse mantra! Um beijo carinhoso, querida!
ExcluirRo...compreender intuitivamente é quando silencia a mente discursiva e voce desaparece como uma idéia de si mesmo. Por enquanto, temos uma idéia de si. Esta idéia de si não é o si, por isso, nenhuma idéia de si pode durar ou te dar sentido de vida. Uma idéia é algo impermenente, pela própria natureza dela. Pergunte-se: Onde está idéia aparece? Em mim. Pois é. Agora descubra existencialmente o que é o MIM. E relaxe neste que observa, nesta testemunha.
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