Então, contava eu na semana passada que estive em uma retrospectiva da obra artística da Yoko Ono em São Paulo, em dezembro de 2007. Fiquei tão perplexa com suas peças em bronze, em especial, com a camisa do John, que ela transformou em escultura e colocou nela um furo, na altura do peito, e uma lava de tinta vermelha, escorrendo até a bainha, que chorei... Chorei e tive de me recompor, sob o olhar do guardinha, que vigiava a sala de exposição. Eu já havia lido e visto fotografias de obras da Yoko, mas a retrospectiva já tinha itinerado pela Europa e tomava todo o prédio do Centro Cultural Banco do Brasil de SP. O que li e o que eu ouvi, desde menina, sobre a Yoko me trouxeram uma imagem distorcida de sua pessoa e eu não estava preparada para compreender tamanha sensibilidade estética, posicionamento político e amor plasmado em suas obras. Eu estava sozinha em SP e não tinha com quem conversar sobre as minhas sensações e emoções, excesso de interioridade... Daí, penso que compreendi o amor deles. O amor que John exaltava, publicamente, por ela, sete anos mais velha que ele, intitulada de ‘feia’ pelos estadunidenses, que acabara de algoz da dissolução dos Beatles. Ele manifestara, li em uma reportagem em inglês, que gostaria de morrer antes dela, porque não conseguiria sobreviver a ela. Um amor assim não cabia dentro de uma banda – a banda acabou; o amor, não, tampouco o sonho. Na semana que passou, as homenagens foram muitas: Bono Vox abriu o show do U2 em Brisbane, na Austrália, na noite de 8 de dezembro, cantando um trecho de uma canção dos Beatles (jornal de rock Whiplash). Nas noites de 4 e 5 de dezembro, a CNN levou ao ar mais um documentário, intitulado Losing Lennon. Na noite de 9 de dezembro, Paul participou do programa do comediante Jimmy Fallon e cantou com ele, em dueto, a versão original de Yesterday, que falava em ‘ovos mexidos’ (scrambled eggs), dando-lhe uma pista para lembrar da melodia e manter o timing das palavras. Mark Chapman, que já teria direito a sair em condicional, e não consegue que a Justiça americana o libere, um dia sairá às ruas novamente. Imaginem se o povo vai deixá-lo viver em paz, como sonhava o sonho de Lennon para todos? É viver e esperar...
O texto está com um probleminha ao longo da margem direita que dificulta a leitura.
ResponderExcluirAbração.
Olá, Rô!
ResponderExcluirAgora de férias, passei pra me atualizar a cerca do teu blog!
Digo o mesmo do leitor acima, a margem direita do post está com problema que dificulta a leitura!
Grande abraço!
Consegui ajeitar o texto,finalmente. A formatação estava em um 'modo', que eu desconhecia. Um abração a vocês dois!
ResponderExcluirRô amei esses posts sobre o John Lennon, beatlemaníaca como sou. Acabou a disciplina mas eu contiunuo por aqui!
ResponderExcluirDeu uma olhada no meu blog?
uma-leitora.blogspot.com
Abraço!