Na página da CNN, encontra-se um link destinado à pesquisa: “Where were you when Lennon died?”. A tradução está no título desta crônica, carregada de nostalgia. Eu estava em São Paulo, de férias, na casa de amigos, quando alguém comentou que John Lennon havia sido assassinado. Era dia 9 de dezembro de 1980, o dia subsequente ao crime, que ocorreu na noite de 8 de dezembro. Tivemos de esperar para checar os detalhes, que envolviam a morte de Lennon, em uma reportagem da TV.
Desde outubro, quando Lennon completaria 70 anos, homenagens e tributos estão ocorrendo, especialmente em Nova York e em Liverpool. No início desse mesmo mês, em uma lojinha de Manhattan de cultura pop, o FBI ficou sabendo que um documento com as digitais de Lennon, de 1976, quando ele solicitava a cidadania americana, estaria sendo leiloado naquele dia. Foi um tumulto e, após telefonemas dos proprietários da loja a seus advogados e um fax do FBI, solicitando a apreensão do tal documento, o mesmo desapareceu com um agente enviado para a missão.
Ninguém sabe como esse documento, que sumiu do escritório da Imigração, à época, foi parar nas mãos de comerciantes. O fato é que, até hoje, o FBI continua interessado no ‘caso Lennon’. Assisti a um documentário, em Porto Alegre, em pré-estreia no Festival Varilux, no mês de junho, muito sugestivo: “Os EUA contra John Lennon”, de David Leaf e John Scheinfield, 2006, 1h36min. O filme pode ser baixado com legendas em um sítio da WEB.
O documentário mostra Lennon bem menos como um troublemaker (um legítimo criador de problemas!) e muito mais como um verdadeiro pacifista, um militante incansável, sempre apoiado e acompanhado por Yoko em suas investidas. Ainda que muitos se refiram a ela, até hoje, como a uma “alien”, tive a oportunidade de conferir uma retrospectiva dos 50 anos de sua obra artística, não apenas pictórica, mas sobretudo de performances e instalações, no Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo, em dezembro de 2007, que me deixou emocionada. Encontrei, em uma sala especial da exposição, objetos em bronze. Lá estava uma camisa de John, embalsamada em bronze, com um furo paradigmático na altura do coração. Do furo, escorria uma mancha escarlate, que descia até a bainha...
Nenhum comentário:
Postar um comentário