sábado, 30 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
A MORTE DE SRI SATYA BABA
No domingo de manhã, li uma notinha de uma amiga, em minha página do Facebook, anunciando o falecimento do mais reverenciado líder espiritual indiano, Sri Satya Baba, aos 84 anos, em sua cidade natal, Putaparthi. Fiz uma busca na WEB dos jornais internacionais para ler sobre o ocorrido.
Baba já estava internado há várias semanas, por problemas respiratórios e outras complicações que resultaram na falência múltipla de órgãos. Seu corpo ficará exposto para visitação pública por alguns dias, até o ritual funerário. A Polícia municipal redobrou a segurança pública, uma vez que o prognóstico é de consternação geral dos indianos e estrangeiros, nos próximos dias, que cultuavam sua liderança espiritual.
Satya Baba ficou famoso nos anos 70, especialmente nos EUA, durante a contracultura e o movimento hippie. Atribuíam a ele habilidades especiais, como a telecinese, ou seja, a capacidade de movimentar objetos materiais no ar.
A organização social, que levava seu nome, e movimentava milhões de dólares em doações, gere importantes projetos educacionais e sociais na Índia, construindo escolas, hospitais e clínicas para as populações pobres. Não obstante reunir seguidores de mais de 100 países, Baba era vítima de perseguição de parte de ex-seguidores, que o denunciaram de fraudes e de abusar sexualmente devotas. O fato é que nunca se formalizou um processo definitivo contra ele na Índia.
O Primeiro-Ministro, Manmohan Singh, descreveu sua morte como uma perda irreparável: “ele foi um líder espiritual, que inspirou milhões a estabelecerem uma vida moral e repleta de sentido (sítio da BBC em 25.04.2011).
domingo, 24 de abril de 2011
A MÍMESE NO FUTEBOL!
quinta-feira, 21 de abril de 2011
HABERMAS, O CONSENSO E O ULTRACONVERSADORISMO
Tenho recordado, a partir do caso ‘Jair Bolsonaro’, dono de um discurso ultraconservador, da Teoria do Consenso, de Jürgen Habermas. Esse importante intelectual alemão, ainda vivo, e remanescente dos círculos da Escola de Frankfurt, que impulsionou inúmeros pensadores de envergadura, defende que haja limites ao uso legítimo da racionalidade. Em outras palavras, em nome da mesma, consolidaram-se experiências totalitárias, que, justamente, legitimaram a dimensão do ‘consenso’, na contramão da pluralidade de vozes da sociedade.
Retomando o ‘caso Bolsonaro’, não bastasse suas últimas manifestações públicas na imprensa, de teor reacionário, ele voltou a criticar na imprensa o Programa Nacional de Direitos Humanos, defendido pela ministra Maria do Rosário, que esteve na UNISC na noite de quinta-feira passada, arrebatando uma multidão, que lá estava para ouvi-la.
O que me preocupa é que, a despeito do desserviço público e da falta de postura e responsabilidade políticas de Jair Bolsonaro, ele foi empoderado na Câmara de Deputados, em Brasília, por uma parcela da população carioca, que se identifica com seu discurso e posicionamento políticos e se sente representada por seus atos. Sim, a mesma população carioca que clamava pelo fim da barbárie do tráfico de drogas nas favelas do RJ e que, justificadamente, apoiaria a agressão a gays na Avenida Paulista, em SP, capitaneada por um discurso do tipo apregoado pelo tal deputado.
sábado, 16 de abril de 2011
A FILOSOFIA COMPLICADA OU A COMPLICAÇÃO DA FILOSOFIA
10 ANOS SEM O JOEY RAMONE!
terça-feira, 5 de abril de 2011
UM REI GAGO E O RÁDIO
No final de semana, fui assistir ao filme “O discurso do rei”, lançamento da última temporada. Com direção de Tom Hooper, o longa apresenta um roteiro original, que lhe rendeu prêmios da indústria cinematográfica, a exemplo daqueles arrebatados, na primeira quinzena de fevereiro, da British Academy of Film and Television on Arts – a BAFTA, que funciona como um indicador para o Oscar, que ocorreu em 27 do mesmo mês.
Já na entrega do Oscar, o mesmo foi laureado com quatro importantes estatuetas: melhor filme, roteiro original, ator e diretor. O prêmio de melhor ator foi justamente levado pelo ator britânico Colin Firth, que já havia levado também o BAFTA de melhor ator em 2010 e em 2011, consecutivamente.
Na pele de um rei inseguro e temeroso, diante da iminência de uma segunda guerra e da ascensão galopante do Nacional Socialismo, George VI assume a vaga de seu irmão Edward, que renuncia ao trono em 1936. Além de suas idiossincrasias e do fato de que substituiria um rei, não por motivo de morte ou de doença severa, ele tinha um agravante: uma gagueira acentuada.
Na busca incansável de tratamento, sua esposa recebe recomendações de um especialista, que, se descobre ao final do filme, nem médico titulado é. Esse especialista, brilhantemente vivido pelo ator australiano Geoffey Rush, passa a tratar diariamente o Rei, frequentando o palácio e tornando-se amigo pessoal de George VI pelo resto da vida.
Não obstante a atuação impecável de Colin Firth e a magnitude do performance de Geoffrey Rush, o longa revela um aspecto muito importante afeito à área da comunicação social, que é o advento da radiodifusão. Os momentos de tensão do filme estão, inexoravelmente, ligados à ansiedade que acomete o Rei, na expectativa de falar na rádio oficial da monarquia britânica, sobretudo no momento em que a Inglaterra entra na Segunda Guerra Mundial.
Parodiando Brecht, que era vivo ainda quando do florescimento da radiodifusão no mundo, “um homem que tem algo para dizer, e não encontra ouvintes, está em má situação. Mas está em pior situação ainda os ouvintes que não encontram quem tenha algo a lhes dizer”.
O Rei George VI histórico tinha o que dizer a seu povo, em uma demonstração de autocontrole, autossuperação e disciplina. Assistam ao filme. Vale a pena!