(Ultrapassando os 23 mil acessos ao blog com este post!)
Assisti a dois dos títulos que estão em cartaz em Porto Alegre neste início de julho: "O Grande Gatsby", produção australiana de Baz Luhmann, com Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire (Homem Aranha) e Carey Mulligan (Drive e Shame); e ao "César deve morrer", dos irmãos Taviani, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim 2012. A rigor, assisti ao primeiro, quando foi lançado em Porto Alegre; o segundo, o assisti no Rio de Janeiro no dia 7 de abril. Quase três meses depois, ele está em cartaz, finalmente, em Porto Alegre. O que me encanta nesses filmes são os textos literários que serviram de base para seus roteiros. O primeiro, "The Great Gatsby", de F. Scott Fitzgerald, foi publicado somente em 1925, inspira o roteiro assinado pelo próprio Baz Luhmman, cuja narrativa dá-se em 1922, em NY e em Long Island. Li esse livro quando eu era menina. Não é o melhor texto de Fitzgerald, mas eu o li. Não obstante a crítica veemente ao american way of live da época, à Primeira Guerra, ao consumo ilegal de bebida no país e à formação das gangues e máfias nos EUA, há uma crítica que me atraiu muito mais, em relação ao materialismo exacerbado de seus personagens. Esse é um texto que, do início ao final, desfila uma espécie de desregramento da moral de seus comparsas e desvela um universo materialista sem predecentes na literatura do século XX. As festas orquestradas pelo personagem encarnado por Leonardo DiCaprio, Jay Gatsby, são incomparáveis no cinema. A produção desse longa é muito rica! Não consigo admirar o performance de DiCaprio, embora eu me esforce. Prefiro a versão de 1974 desse livro para o cinema, das quatro que existem, com Robert Redford como Jay Gatsby. Mia Farrow é Daysi Buchanan. Há outros textos de Fitzgerald transpostos para o cinema: lembro-me do "Suave é a noite", de 1962; "O último magnata" (1976), de Elias Kazan; e "O curioso caso de Benjamim Button" (2008), de David Fincher. Adoro esse diretor, mas detesto o Brad Pitt, que interpretou o Benjamin Button nessa versão.Vocês têm de conferir "O Grande Gatsby", porque é, de verdade, uma grande produção. Impressionante o que essa versão australiana trouxe de saldo positivo para o espetáculo da visão e da audição. Para os fãs de jazz, do bebop em especial, é uma delícia! Quanto ao segundo longa, o último dos Taviani, sem maiores delongas: é espetacular! Primeiro, porque é dos Taviani e arrebatou o grande prêmio do festival que mais aprecio, o Berlinale de 2012 (estive lá em 2011). Depois, pelo fato de que seu roteiro, assinado pelo próprios diretores, é baseado na tragédia "Júlio César", de Shakespeare, a terceira delas que eu mais amo (antes dessa, por ordem de admiração, "Hamlet" e "Macbeth", respectivamente). A grande inovação é que a peça de Shakespeare é encenada por presidiários, em um presídio de segurança máxima, próximo a Roma. É magistral o modo como a Arte vai tocando cada um dos apenados, durante os meses de ensaio, e na noite de estreia, nas dependências do presídio. Esse filme italiano tem de ser visto, se tu tens Amor à Arte! Abraço!
Assisti a dois dos títulos que estão em cartaz em Porto Alegre neste início de julho: "O Grande Gatsby", produção australiana de Baz Luhmann, com Leonardo DiCaprio, Tobey Maguire (Homem Aranha) e Carey Mulligan (Drive e Shame); e ao "César deve morrer", dos irmãos Taviani, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim 2012. A rigor, assisti ao primeiro, quando foi lançado em Porto Alegre; o segundo, o assisti no Rio de Janeiro no dia 7 de abril. Quase três meses depois, ele está em cartaz, finalmente, em Porto Alegre. O que me encanta nesses filmes são os textos literários que serviram de base para seus roteiros. O primeiro, "The Great Gatsby", de F. Scott Fitzgerald, foi publicado somente em 1925, inspira o roteiro assinado pelo próprio Baz Luhmman, cuja narrativa dá-se em 1922, em NY e em Long Island. Li esse livro quando eu era menina. Não é o melhor texto de Fitzgerald, mas eu o li. Não obstante a crítica veemente ao american way of live da época, à Primeira Guerra, ao consumo ilegal de bebida no país e à formação das gangues e máfias nos EUA, há uma crítica que me atraiu muito mais, em relação ao materialismo exacerbado de seus personagens. Esse é um texto que, do início ao final, desfila uma espécie de desregramento da moral de seus comparsas e desvela um universo materialista sem predecentes na literatura do século XX. As festas orquestradas pelo personagem encarnado por Leonardo DiCaprio, Jay Gatsby, são incomparáveis no cinema. A produção desse longa é muito rica! Não consigo admirar o performance de DiCaprio, embora eu me esforce. Prefiro a versão de 1974 desse livro para o cinema, das quatro que existem, com Robert Redford como Jay Gatsby. Mia Farrow é Daysi Buchanan. Há outros textos de Fitzgerald transpostos para o cinema: lembro-me do "Suave é a noite", de 1962; "O último magnata" (1976), de Elias Kazan; e "O curioso caso de Benjamim Button" (2008), de David Fincher. Adoro esse diretor, mas detesto o Brad Pitt, que interpretou o Benjamin Button nessa versão.Vocês têm de conferir "O Grande Gatsby", porque é, de verdade, uma grande produção. Impressionante o que essa versão australiana trouxe de saldo positivo para o espetáculo da visão e da audição. Para os fãs de jazz, do bebop em especial, é uma delícia! Quanto ao segundo longa, o último dos Taviani, sem maiores delongas: é espetacular! Primeiro, porque é dos Taviani e arrebatou o grande prêmio do festival que mais aprecio, o Berlinale de 2012 (estive lá em 2011). Depois, pelo fato de que seu roteiro, assinado pelo próprios diretores, é baseado na tragédia "Júlio César", de Shakespeare, a terceira delas que eu mais amo (antes dessa, por ordem de admiração, "Hamlet" e "Macbeth", respectivamente). A grande inovação é que a peça de Shakespeare é encenada por presidiários, em um presídio de segurança máxima, próximo a Roma. É magistral o modo como a Arte vai tocando cada um dos apenados, durante os meses de ensaio, e na noite de estreia, nas dependências do presídio. Esse filme italiano tem de ser visto, se tu tens Amor à Arte! Abraço!
Ahhh, não creio que você foi ver o Gatsby, estava louca para assistir também! hehe engraçado é que sonhei com o filme essa noite, como se estivessem me contando detalhes sobre o que aconteceu de verdade com ele. Quero muito ler o livro! Beijos, Mi
ResponderExcluirwww.recantodami.com
Mi, assisti-o no dia 16 de junho, antes da festinha de 86 anos do Dindo. Comentei por torpedo contigo que iria ao cinema. O outro assisti-o no RJ há meses atrás. Não fui mais ao cinema. Irei contigo no finde, tá? Beijos!
ResponderExcluirAh, entendi.. achei que esse post fosse sobre algum filme que tu tivesse visto nesse finde.. hehe Adoro ver filminhos contigo ;o) Beijos
ExcluirO Baz Luhrmann tem seus méritos, começou com Shakespeare e DiCaprio - Romeu e Julieta, poucos conseguem misturar o pop com o clássico como ele. Eu achava a paleta dele carregada, mas hoje entendo melhor.
ResponderExcluirEntendes melhor? Tenho uma certa resistência na mescla do clássico com o pop. Achei o Romeu e Shakespeare dele meia boca e até nem me lembrava desse longa, até ler o teu comentário. Já o Grande Gatsby é uma bela produção, mas eu a considero 'over'!
ResponderExcluir