(Em 5 de dezembro, o mundo literário lembrar-se-á do aniversário de 70 anos de morte de Stefan George (1868-1933). Deixo postado em meu blog o poema 'Der Teppich', traduzido por Maria José Campos para o Suplemento, edição de mar./abr. 2013, da Secretaria de Estado da Cultura de Minas Gerais, circulando bravamente há mais de 25 anos pelo país).
DER TEPPICH
Hier Schlingen menschen mit gewächsen tieren
Sich fremd zum bund umrahmt von seidner franze
Und blause sicheln weisse sterne zieren
Und queren sie in dem erstarrten tanze
Und kahle linien ziehn in reich-gestickten
Und teill um teil wirr und gegenwendig
Und keiner ahnt das rätsel der verstrickten.
Da eines abends wird das werk lebendig
Da regen schauernd sich die toten äste
Die wesen engvon strich und kreis ums pannet
Und treten klar vor die geknüpften quäste
Die lösung bringend übeer die ihr sannet!
Sie ist nach willen nicht: ist nicht für jede
Gewohne stunde: ist kein schatz der gilde.
Sie wird den vielen nie und die durch rede
Sie wird den seltenen selten in gebilde.
O TAPETE
Aqui, homens se entrelaçam com animais em relevo
E se deixam estranhamente envolver em sedosa moldura
E luas crescentes azuis ornamentam estrelas brancas
Cruzando-as em entorpecida dança.
E tênues linhas se alongam em ricos bordados
E cada parte se mistura e se encaracola à outra
E ninguém pressente o enigma aí enredado
E eis que uma noite a obra se torna viva.
Ali despertam trêmulas as hastes adormecidas
Os seres estreitamente envolvidos por círculos e linhas
E avançam claramente até os nodosos tufos de fios
E no desenlace a obra carrega a sua vingança!
Ela não está à vontade: nem em cada
Hora familiar: ela não é nenhum tesouro guardado
Ela não se dá jamais aos outros, muito menos em palavras
ela se forma para que seres excepcionais a cultivem.
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