Não sou gaúcha, sou paulistana. Ao longo de minha educação formal, éramos obrigados a saber vários hinos de cor. Havia aulas de Educação Cívica e, em algumas ocasiões, todos nos reuníamos com o professor de música e cantávamos vários hinos, inclusive o da Proclamação da República e o da Bandeira.
Aqui no Sul, a galera não conhece esses hinos, mas eles existem. Aliás, o Dia da Bandeira é em 19 de novembro. Alguém se lembra disso? Vanusa, você sabe cantar o Hino à Bandeira?
Neste feriado, aproveitei para ler os jornais internacionais. Em Madrid, ocorreu no domingo uma iniciativa muito interessante: o bookcrossing. Trata-se de uma ação ímpar, através da qual 600 voluntários espalharam-se pela capital e colocaram, em pontos aleatórios, até sobre árvores, livros usados e doados para o happening.
Cada transeunte passaria e levaria um livro, de seu interesse, para casa. Ao final da leitura, aguardaria para o próximo evento, no sentido de devolver o livro desfrutado e pegar um outro título. O evento tem o propósito de incentivar a leitura dos madrilenhos e de estabelecer uma grande rede de leitura.
Obviamente, os coordenadores estão contando com o fato de que alguns volumes não serão devolvidos, mas poucos, tendo em vista a natureza humana. O importante é lê-los e, após um tempo, devolvê-los.
Imaginem uma iniciativa dessas em São Paulo ou em Porto Alegre mesmo. Haveria uma única edição do evento! A maior parte dos livros ficaria à disposição dos usuários e, na edição subsequente, não apareceriam mais!
Em um país em que quase não se lê, pouco se visita a rede de museus e pouco se prestigia as produções teatrais e cinematográficas, resta-me ‘rezar, acreditar e esperar’, alusão ao longa que está em cartaz em cinema da cidade (Rezar, Comer e Amar), o ano de 2011 e aguardar para ver se as coisas melhoram - e se a CPMF não volta, não!
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