Estive na 56ª Feira do Livro de Porto Alegre, neste feriadão de Finados. Chegando na capital, já na rodoviária, encontrava-se uma das vacas da coleção CowParade, a Vaxi, bem pertinho da parada de táxis do desembarque, concebida por vários artistas plásticos, e espalhadas por Porto Alegre com um tom de alegria e humor.
Já na Feira do Livro, evento declarado bem de natureza imaterial da cidade, não era possível se aproximar com tranquilidade das bancas de livros, muito menos procurar com calma algum saldo nos balaios das editoras e livrarias. Havia muita gente e, na medida em que a tarde caía, a atomização de pessoas – e o vento - aumentavam.
Aproveitei para entrar no Santander Cultural e acompanhar uma palestra sobre poesia polonesa. Após, dei uma checada rápida nas video portraits de Robert Wilson, dispostas no átrio do prédio, conhecido no cenário internacional com um dos grandes nomes do teatro experimental.
De volta à praça, fazendo os caminhos sugeridos pelas próprias bancas de livros, fui parar na área internacional, que, neste ano, estava encolhida. Deve ser caro um stand na Feira do Livro, mais caro ainda um espaço maior na ala internacional da feira! Ali, sim, era possível entrar, olhar, procurar e verificar os valores, porque havia menos pessoas circulando e assediando as prateleiras.
Mais adiante, fui até o setor infanto-juvenil, à beira do Rio Guaíba. Caminhei até o limite das bancas e fiquei sentada a namorar a vista do rio. Com o vento remanescente do ciclone sub-tropical, que acossava o Sul do país, desde o sábado, estava impraticável de se permanecer à margem do Guaíba.
Voltando lentamente, até o ponto de início da caminhada, dei-me conta de que a melhor parte desta feira é a festa que as crianças fazem e o happening, que deixa saudades quando a feira se vai!
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