"Hugo" é o título do livro do escritor Brian Selznick, adaptado para o cinema pelo roteirista John Logan, conhecido do público por filmes como "O último samurai", "O aviador", "O gladiador". Ele encontra-se, atualmente, trabalhando com o diretor Darren Aronofsky (Pi, Fonte da vida, Réquiem para um Sonho e Cisne Negro) sobre o episódio bíblico de Noé, que será vertido para o cinema.
Voltando ao livro-visual "Hugo", em suas quase 500 páginas há uma variedade de ilustrações, que lembram o universo pictórico de Escher. A narrativa passa-se na Paris dos Anos 30, dentro de uma estação de trem, porque é lá que o menino Hugo Cabret vive, órfão que é, escondido nas engrenagens de um enorme relógio de corda, sempre sobrevivendo através de pequenos roubos de comida e de constantes fugas do inspetor da estação férrea.
O filme não fica por menos, comparado ao livro: é brilhante na imagética e nos efeitos especiais. A trilha sonora é primorosa e ouve-se, reiteradamente, um piano ao fundo (três temas de Erick Satie), animando os passos do protagonista e de seu único amigo, um autômato, deixado de legado por seu pai, um relojoeiro, que ensina o ofício a Hugo, além de compartilhar com ele o fascínio pelos consertos e invenções.
Na parte final do longa, o "leitmotiv" desvela-se e entende-se a que veio o filme: a homenagem que a literatura/cinema prestam a uma dos pioneiros do "cine-magia", ou seja, da inserção do ilusionismo e dos primeiros efeitos especiais na Sétima Arte, através de seu mentor, o francês Georges Mèliés.
Muito poético e emocionante o desfilar de cenas dos filmes de Méliés recuperados pela iniciativa de alguns apaixonados pelo cinema e sua história, no desfecho do longa!
Compartilho sua opinião. Um filme acima de tudo bonito, emocionante de se ver. Me encantou a exaltação do amor, da arte e do amor a arte.
ResponderExcluirSim, Ewe! Que bom que o viste! Gostaria que fosses assistir ao "Drive" e ao "Shame" e, depois, comenta comigo as tuas impressões. Neste finde, irei a Sampa. Mais adiante, em abril, te visitarei e te contarei das exposições que visitei. Um beijo grande!
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