O filme "Elles", produção franco-polaco-germânica, da diretora polonesa Malgorzata Szumowska, que estreiou no RJ na metade de julho, tem como brilho a atriz francesa Juliette Binoche. Costumo assistir a tudo que Binoche faz no cinema, mesmo que o filme não seja lá muito original. No "Elles", Binoche é jornalista burguesa da Revista "Elle", que está em franco diálogo com garotas jovens, que se prostituem em Paris para levantar grana fácil, quando o filme se inicia. Uma delas é uma polonesa, há pouco na capital, que se joga na vida sem culpa. A outra, francesa legítima, parece que rende mais em suas confidências à jornalista, ao menos apontando suas diferenças com os pais, as contradições de sua vida dupla e os conflitos com o namorado, que não imagina o que ela faz nos momentos em que afirma que está trabalhando em um fast food. Não fossem apenas duas as meninas focadas nas entrevistas, talvez o roteiro do filme pudesse trazer mais substância e profundidade ao tema da prostituição. Também não se viu nada sobre o passado da polonesa e os conflitos morais, que poderiam ter surgido no processo de gravação das entrevistas. O longa tem um bom ritmo, mas, na verdade, o principal tema, também superficialmente desvelado, é a tensão que o aprofundamento da vida sexual das entrevistadas causa do cotidiano da jornalista, no convívio com o marido e seus dois filhos e o quanto uma devassa emocional vai, lentamente, corroendo aquela, iluminando sua vida tradicional e sem maiores emoções. Fui assistir a esse longa hoje, meu quinto filme no RJ, com a Dany Horta, que também o apreciou. Amanhã, assistirei ao último dos selecionados, espero, e o comentarei aqui. Antes do filme "Elles", fomos ao Museu do Índio e à Fundação Casa de Rio Barbosa, ambos no Botafogo, onde também se encontram as principais salas de cinema de arte do RJ, providas pelo SESC. Até mais, amigos!
Mais um ótimo dia ao seu lado Ro!! De um sabado completamente monótono a um domingo maravilhoso e cheio de atividades! Nada melhor!!
ResponderExcluirE sabes que, apesar de ter apreciado tudo, para mim s pontos altos foram o autor random que encontramos no museu do Índio, e casa Rui Barbosa, por tocar fundo em mim.
Obrigada, mais uma vez minha querida! E que sua semana siga linda!