In five days (Dec., 17th), I'm going to Europe again. Wait for my pictures and comments, friends from EUA, India and Germany! I'm very happy, 'cause I'm almost on vacation! Happy New Year!
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
MY TRIP TO EUROPE IN DECEMBER (MINHA VIAGEM À EUROPA EM DEZEMBRO)
Friends from India, EUA and Germany: in 12 days, I'm going to Europe again for three weeks. Wait my pictures and comemmts about my trip. Have a nice weekend! Cheers!
sábado, 1 de novembro de 2014
SÃO PAULO: JAZZ, CINEMA E TEATRO
Estive em SP no final de semana de 24 a 26 de outubro. Não consegui ir à Bienal de Arte no Ibirapuera, mas fui a uma peça teatral, no Teatro Sérgio Cardoso, pela primeira vez encenada no Brasil ("Meu Deus", de Ana Gov, escritora israelense falecida em 2012) com Dan Stulbach e Irene Ravache. A direção teatral é de Elias Andreatto. Em resumo, Deus está em depressão há mais de 2000 anos. Resolve vir a esta existência na forma humana e procura uma psicóloga para tratá-lo, encarnada por Irene Ravache. O humor judaico e a crítica à natureza humana são a pedra de toque do espetáculo, que fez centenas de pessoas rirem em um uníssono. Recomendo! Assisti a três longas, escolhidos a dedo, na 38ª Mostra Internacional de Cinema de SP. Além disso, estive no JazzB na companhia de um querido amigo escritor, no qual pudemos ouvir o pianista de jazz André Marques, que integra o grupo de Hermeto Paschoal há 20 anos, interpretando composições do próprio Hermeto acompanhado de um batera e de um contrabaixista. O JazzB fica bem no centro de Sampa, pertinho da Praça da República, na Rua Araújo. Há boas cervejas importadas lá, além de um cardápio gourmet. Boa pedida! Abraços a todos!
sábado, 18 de outubro de 2014
FESTIVAL DE CINEMA DO RJ 2014: A REPESCAGEM
Estive no RJ no final de semana passado para visitar minha família. Aproveitei e assisti a três longas nos cinemas de arte do Botafogo: dois eram do Festival de Cinema do Rio, que acabara no dia 8 de outubro, e um deles já estava em circuito. Assisti ao terrível e forte "Miss Violence", de Alexandros Avranas, co-roteirizado pelo diretor e por Kosta Peroulis, que provoca uma aflição intensa no espectador em seus primeiros minutos, em meio a uma festinha de 11 anos de uma das filhas do casal protagonista. Não vou comentar a cena, tampouco adiantar o tema sobre o qual o filme discorre. Ele tem de ser degustado com parcimônia e tranquilidade para que sua dimensão estética seja identificada e saboreada, uma vez que o mesmo arrebatou o Leão de Prata de Direção no Festival de Cinema de Veneza do ano passado, além dos prêmios conferidos ao filme na própria Grécia. Tentei assisti-lo na Mostra Internacional de Cinema de SP no ano passado, mas não consegui ingresso. Só o conferi agora no RJ, em outubro de 2014. Conferi na respescagem do Festival do Rio o belo documentário sobre a filósofa e escritora Susan Sontag, que faleceu em 2003 de câncer. Na qualidade de docente de Filosofia, sempre tive apreço pela obra de Sontag, que acompanho desde os Anos 80. Fiquei emocionada ao ver fotos e ouvir narrativas sobre sua vida pessoal. O documentário foi produzido em branco e preto pela diretora Nancy Kates, com roteiro da própria Kates e de John Haptas. A voz que se ouve ao longo do filme, que sussurra palavras da lavra de Sontag, é de Patricia Clarkson (continuo depois...).
sábado, 20 de setembro de 2014
MÚSICA E LITERATURA EM/DE SANTA CRUZ DO SUL
Hello, amigos, alunos e ex-alunos (and other people around the world)! Meu toque hoje é sobre o que se produz aqui em Santa Cruz do Sul/RS. Para quem me lê da Europa, EUA e Índia (a maior parte de meus leitores provêm de alguns países europeus, EUA e Índia - admirável!), I've like to recommend some rock covers and some books today from the people of Santa Cruz do Sul town, localizated in South Brazil! Li nas duas últimas semanas quatro livros de pessoas que são da região ou aqui residiram por um tempo. Embora eu não goste desta cidade, já estou aqui há quase 23 anos, como docente da universidade. Portanto, o que me mantém é a fortuna de amigos do peito, a satisfação no meu trabalho e, em especial, o que a galera jovem tem produzido em termos de música e textos. Li o relato de Benno Kist acerca da família francesa, que aportou em Monte Alverne (Rio Thal), em 1937. O título é "Em segredo em Rio Thal" (Editora Gazeta). Adorei a história e penso que daria um belo roteiro para o cinema! Depois, li o último livro de Lélia Almeida, que é natural de Santana do Livramento, mas foi minha colega na universidade por alguns anos. Já li outros livros de Lélia, mas este último, que saiu pela Editora Confraria do Vento, arrancou-me lágrimas! O título é "Este outro mundo que esquecemos todos os dias" e reúne um conjunto de crônicas publicadas. Para quem é leitora-mulher, há preciosas reflexões sobre o cotidiano da vida a dois, do ser mãe, dos encontros/desencontros que ocorrem e da espiritualidade. É boa opção de presente para uma amiga sensível! Na sequência, li a novela do Rudinei Kopp, meu colega, que o autografou para mim. Trata-se do "Rio dos dias" (Editora Gazeta). Muito suave a narrativa do Rudi, que é dedicada a seus amigos de 'confraria'! Não pude ir ao lançamento dos livros de Lélia e Rudi, mas já deliciei-me com suas obras. Por fim, iniciei hoje pela manhã o livro de poemas de um médico chamado Milton Pokorny e sua esposa Lili, intitulado "Lampejos e reflexões" (Editora Gazeta). Encontrei alguns poemas com rasgos de erudição, o que aprecio bastante!
Quanto à música, não posso deixar de destacar as gravações que já estão no Youtube de covers gravados na voz de Matheus Reckziegel e na guita de Leonardo Jochims. Ficaram muito bons! Os temas são "Rolling in the Deep", de Adèle, e "Titanium", de David Guetha ft. Sia. Por fim, já ouvi há mais de um mês a nova canção da Playsound (do Rodrigo Jaeger - voz - e do Thiago Reckziegel - na guitarra), já rodando em Porto Alegre, e que está no Youtube, apenas em áudio, para o deleite das fãs; a canção manhosa e promissora é a "Não tenho pressa".
Quanto à música, não posso deixar de destacar as gravações que já estão no Youtube de covers gravados na voz de Matheus Reckziegel e na guita de Leonardo Jochims. Ficaram muito bons! Os temas são "Rolling in the Deep", de Adèle, e "Titanium", de David Guetha ft. Sia. Por fim, já ouvi há mais de um mês a nova canção da Playsound (do Rodrigo Jaeger - voz - e do Thiago Reckziegel - na guitarra), já rodando em Porto Alegre, e que está no Youtube, apenas em áudio, para o deleite das fãs; a canção manhosa e promissora é a "Não tenho pressa".
Parabéns aos meninos da Playsound!
Bom finde a todos! Have a nice weekend to my brothers from other countries!
domingo, 7 de setembro de 2014
COISAS DESTE BRASIL QUE A GENTE TEM DE TENTAR COMPREENDER - E SUPORTAR FIRME!
Hoje, é domingo, 7 de Setembro!!!! A data lembra algo? Como em todos os domingos, leio os jornais importantes pela manhã. O que percebi é que o conflito Gaza-Israel sumiu do cenário da imprensa internacional, Putin continua aprontando, o Ebola já atingiu seis países africanos (A Alemanha já recebeu seu primeiro caso), o cenário eleitoral, no Brasil, é vergonhoso e a 'educação' dos brasileiros, sobretudo nos estádios, têm ocorrido sob pressão, da mídia e da Justiça, em situações lamentáveis. Os filósofos gregos, especialmente, Platão e Aristóteles, teriam tido uma síncope com tantos fatos chancelados pelo abuso, falta de caráter, de educação e de coerência entre nós. Quero saber todos os nomes dos que receberam propina ou algum tipo de benesse no caso da Petrobras. Temos o direito a isso - e antes das eleições! Sinto falta da visão sofisticada do Daniel Piza, do humor maravilhoso do Millôr e das provocações do Paulo Francis. Nossa imprensa escrita foi ficando mais débil com o desaparecimento daqueles que nos faziam pensar com humor! A menina do 'macaco', ou do 'Aranha', pediu desculpas, publicamente, ao goleiro. Somos máquinas de pedir desculpas, mas ninguém se educa de vez, se esclarece e evolui neste país. Para não ser injusta, são raros os que valem a pena. Esses, lamento, não são candidatos a nada! Boa semana a todos! Perdão pelo desabafo! Não tenho o hábito de me manifestar assim, mas tenho vontade de ir embora deste país e nunca mais voltar! Que fique o registro, neste 7 de Setembro!
sexta-feira, 22 de agosto de 2014
MINAS DO CAMAQUÃ/RS: TIROLESA E RUÍNAS DAS MINAS DE COBRE DA CBC
No domingo, 17 de agosto de 2014, fui com uma galera da empresa UP Aventuras a um destino que eu já conhecia dos tempos de escalada em rocha: Minas do Camaquã, a 70 quilômetros de Caçapava do Sul. Trata-se de um distrito pertencente a Santana da Boa Vista. Há um complexo de esportes de aventura montado no local pela empresa Minas Outdoor, com página no Facebook, administrada por Marcelo Spode, de Caçapava do Sul. Optamos por fazer a mega tirolesa, de um quilômetro, sobre a represa, e passeios às ruínas subterrâneas e a céu aberto da mina de cobre da CBC, desativada em 1992. Aí vai uma foto, feita lá do cume da Pedra da Cruz, de onde sai a tirolesa, para que vocês possam sentir o que foi o passeio:
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
SÃO FRANCISCO DE PAULA E O LAGO SÃO BERNARDO
Estive com queridos amigos em São Chico, apelido carinhoso para a cidade serrana, prima pobre de Gramado e Canela, São Francisco de Paula, no RS. Um de meus amigos tem uma casa defronte ao Lago São Bernardo, que conheço há muitos anos. Foi muito bom retornar ao local! Como não fez frio no final de semana de 2 e 3 de agosto, pudemos caminhar ao redor do lago nos dois dias e desfrutar de uma temperatura de 25 graus e vento suave. Seguem algumas fotos, que registraram o passeio. Vale a pena ir até São Cicho e apreciar o que a Natureza tem de melhor:
quarta-feira, 16 de julho de 2014
VIAGEM MENTAL: PLANEJANDO A PRÓXIMA VIAGEM PARA A EUROPA!
O filósofo suíço Alain de Botton em "A arte de viajar" (2012, da Editora Intrínseca) relaciona de um modo poético-estético a arte de viajar ao que os antigos gregos denominavam de eudaimonia (felicidade ou o 'desabrochar humano'). Introduz em seu texto os relatos de um personagem, Des Esseintes, que resolve abdicar da realidade empírica do ato de viajar e em prol de cultivar em casa uma coleção pletórica de quadros, mapas, objetos, afirmando que a imaginação é "capaz de proporcionar um substituto mais do que adequado à realidade vulgar da experiência concreta" (p. 33). Interessante esse argumento! Todavia, em meu entender, os quadros, os mapas, os guias, a leitura de relatos em sites e blogs, as dicas de especialistas e a troca de experiência com amigos próximos fazem parte, sim, de um exercício fundamental de imaginação estágio da pré-viagem, mas, mais que isso, funciona como um dispositivo que aguça os sentidos e potencializa o olhar estético! Esse é o meu enfoque e é nisso que acredito, inclusive, como docente de Filosofia. Já comprei meu bilhete para a Europa; a viagem será em dezembro. Desta vez vou viajar sozinha e no inverno, com o destino de passar o Ano-Novo com amigos em Hamburg, na Alemanha. Comprei hoje um enorme guia que, para mim, é o melhor deles traduzido para o Português e o que apresenta uma diagramação dinâmica, com informações relevantes e dicas de roteiros pela Europa do Leste: Lonely Planet, "Leste Europeu" (da Globo Livros). Leio, metodicamente, cada tópico de cada cidade pela qual passarei, vejo suas imagens na WEB, leio relatos de outros viajantes e, mais adiante, em agosto, começarei, a partir de recomendações de blogueiros, a fazer as reservas em hotéis ou rede de hostel, dependendo do número de dias em que ficarei em casa cidade. Iniciarei minha viagem, em homenagem ao Botton, por Zürich (Zurique, em Português), sua cidade natal. Tornou-se capital imperial no século XIII e é hoje o centro financeiro da Suíça. Já li sobre a cidade, preços, passeios, distâncias, sempre levando em conta que o roteiro é uma viagem mental 'preliminar', que pode ser boicotado por uma fatalidade. É preciso ter coragem e desprendimento para viajar sozinha, em se tratando de uma mulher e tendo em vista de que o trajeto a ser realizado é, predominantemente, por cidades de língua alemã e no auge do inverno. Pretendo fazer uma imersão no Alemão, posto que estou em vias de ascender ao estágio intermediário de meu aprendizado e já estou traduzindo textos filosóficos concebidos nessa língua. É uma satisfação imensa imaginar-me caminhando sob a neve e me expressando em mais uma nova língua, que resolvi aprender tardiamente. Após uma noite e um dia em Zurique, pretendo pegar um trem e ir até Basel (Basileia, em Português e Basilia, em Latim), fundada pelos romanos, para dar uma caminhada pelo centro e conhecer a Basel Universität, na qual Nietzsche ministrou aulas de Filologia por cerca de nove anos. Seguindo para a Alemanha, ficarei três dias em München (Munique, em Português), no coração da Alta Baviera, fundada no século XII e destruída pela metade na Segunda Guerra Mundial. Nessa cidade, visitarei dois enormes museus, a Alte e a Neue Pinakothek, a sede da Bauhaus, o Museu Arqueológico e o que restou do bunker do Terceiro Reich. De München, irei de trem a Wien (Viena, em Português) já na Áustria, para mais três dias de passeios. Viena surgiu de uma vila militar romana chamada Vindobona e, no século XIX, tornou-se a capital do Império Austríaco. Ali, quero visitar a Ópera de Viena, a Filarmônica, o Museu Judaico, o Palácio de Schönbrum, a galeria de arte do Belvedere (Klimt e as obras de Egon Schiele e de Oskar Kokoschka, em especial) e visitarei os túmulos de Beethoven, Schubert e Mozart no cemitério municipal da cidade. De Viena, passarei apenas um dia pelo centro de Bratislava (Pressburg, em Alemão; Pozsony, em Húngaro), capital da Eslováquia, que, há 20 anos, desenvolveu-se extraordinariamente, após a divisão da Tchecoeslováquia. Como já conheço Praga, não poderia deixar de dar uma passada em Bratislava; é muito perto de Viena! Seu primeiro assentamento deve-se a uma tribo celta. Mais adiante, fez parte do Império Romano até os eslavos chegarem, no século V. Em Bratislava, quero apenas passear pela cidade velha e fotografar a arquitetura bizarra, legado herdado do comunismo. À noite, seguirei para Leipzig/Weimar, retornando, então, à Alemanha. Nessas cidades, tenho uma pequena lista de pérolas para fotografar e visitar rapidamente, porque terei de estar na véspera de Natal em Berlim, cidade que já conheço e na qual estive por quase sete dias em 2011. Em Berlim, vou conhecer três pontos culturais que ficaram para trás na viagem anterior. Após, embarcarei para Hamburg na tarde de 29 de dezembro. Meus queridos amigos alemães levar-me-ão, no dia 30, a Lübeck, a 70 quilômetros de Hamburg, para conhecer a casa na qual viveu Thomas Mann, escritor alemão que muito aprecio. Passado o revéillon com meus amigos, no dia 1º de janeiro farei o último trajeto do roteiro, rumo a Varsóvia (Warzsawa, em polaco) capital da Polônia, terra natal de Chopin. Cidade quase totalmente destruída na Segunda Guerra Mundial e, hoje, patrimônio cultural da humanidade, quero visitar os museus de Chopin e do Holocausto, além de conferir sua produção artística. Saindo de Varsóvia, meu destino será o aeroporto internacional de Frankfurt, de volta ao Brasil. As fotos e relatos empíricos virão em janeiro de 2015. Aguardem!
sábado, 12 de julho de 2014
PRIMEIRO DIA DE FÉRIAS DE INVERNO: jazz, leituras, filmes e tradução!
Não consigo nem acreditar ainda, mas estou em casa tranquila ouvindo o álbum "Beyond the Missouri Sky" (1997), de Pat Metheny (guitarra) e Charlie Haden (contrabaixo), em memória de Haden, que faleceu ontem. Ouço a nona faixa, "The Moon Song", porque a lua-cheia estava exuberante nesta madrugada! Já a vi no horizonte, no final da tarde, bela e resplandescente! Tenho uma pequena pilha de livros para ler até o dia 4 de agosto, quando as aulas se reiniciam novamente. Apaixonei-me por algumas das telas do pintor e ilustrador Hopper (Edward Hopper, 1882-1967). Eu já as conhecia de museus de NY, especialmente, o Whitney, meu predileto, mas nunca havia me interessado em ler sobre a sua estética. Comprei vários livros de arte em junho, no RJ, dois sobre Hopper, da Taschen, que estou terminando de ler. Para quem não o conhece, segue uma foto feita de um dos livros. Trata-se de um óleo sobre tela, de 1960, intitulado "Pessoas ao sol". É possível uma reflexão metafísica sobre esta imagem: uma tela figurativa em que pessoas estão imobilizadas, olhando para o sol, a espera de quê?
Ainda sobre leituras, comprei o último texto traduzido para o Português de Domenico de Masi, "O futuro chegou: modelos de vida para uma sociedade desorientada", de 2014, das editoras Quitanda Cultural e Casa da Palavra, do RJ. Pelo sumário, parece-me uma leitura essencial porque ele desfia, minuciosamente, os modelos clássico, muçulmano, iluminista, protestante, católico, chinês, indiano, liberal, capitalista e chega ao modelo brasileiro. Vou lê-lo detrás para a frente para que o choque não me atinja feito um raio sobre uma árvore frondosa!
A capa da caixa do DVD que me aguarda está aí, "O grande herói" (Lone Survivor, de 2013), de Peter Berg, sobre um episódio no Afeganistão, com Mark Wahlberg, que eu muito admiro:
Acaba de sair pela Hedra a quarta edição do "Dao de Jing", de Lao Zi, leitura fundamental para quem é da Filosofia ou tem aspirações a algo mais elevado! Também comprei dois pequenos textos de Bertrand Russel, "Ensaios céticos" e "No que acredito", em função de que o ateísmo me provoca e instiga como um problema filosófico, nada religioso. Por fim, iniciei a tradução do primeiro ensaio (do total de seis, nunca traduzidos para a língua portuguesa) de A. Schopenhauer, do "Parerga und Paralipomena", do volume II, meu projeto de trabalho para dois anos, o qual continuarei no período de férias de sala de aula! Bons dias de inverno/verão a todos os meus leitores. Para finalizar, segue a foto da capa da edição alemã que estou traduzindo:
Até mais!
Até mais!
sexta-feira, 20 de junho de 2014
SÃO PAULO NOVAMENTE, EM PLENA COPA DO MUNDO: TEATRO, JAZZ E EXPOSIÇÕES
Amigos, estou indo para SP novamente amanhã de manhã, dia 21 de junho. Aguardem meus comentários aqui com fotos, pois assistirei à peça "A Besta", de Alexandre Reinecke, muito conhecido na cena teatral por ser o "papa das comédias" no Brasil. Há um elenco expressivo como Ari França e Celso Frateschi, esse ator renomado de dramas. Portanto, é uma peça híbrida, que vai colocar em contato textos clássicos da comédia e da tragédia da dramaturgia ocidental. Irei, após a peça, ao Jazz B, um novo clube de jazz, sediado no centro de Sampa. No domingo, visitarei a grande exposição "Tauromaquia", com gravuras de Goya, Dalí e Picasso retratando os touros e as touradas na España e almoçarei com amigos. Volto no domingo à noite. A 'indiada' está perfeita, em final de semana de jogos da Copa! Abraço a todos e um bom final de semana!
quinta-feira, 5 de junho de 2014
DAVE HOLLAND E TRIO - DIVULGANDO SEU CD 'PRISM' NO 4º BMW JAZZ FESTIVAL DO RJ
Amigos e leitores! Vocês não podem imaginar minha alegria por estar na quarta edição do BMW Jazz Festival no RJ (que rolou também SP e BH). Estive na segunda noite do Rio, no Teatro do Vivo Rio, no Aterro, defronte ao portão do MAM. Retirei meu ingresso no guichê dos tickets comprados pela WEB con tranquilidade. Entrei, sentei-me no bar e degustei um wisky. Fiz umas fotos e logo dirigi-me à mesa no primeiro nível do camarote, na qual me sentei em um lugar privilegiado do teatro-bar, com uma visão de palco de cima, em diagonal, à direita, e um garçon ao nosso dispor. Primeiro, fiquei um pouco chateada ao saber que o guitarrista do grupo de Dave Holland, Kevin Eubanks, por problemas pessoais, não pôde vir ao Brasil. Já sabia disso na quinta pelos jornais de SP e RJ. No entanto, fui com grande expectativa para a segunda noite. Fazia apenas 21 graus e a noite estava linda! Cheguei bem antes e pude perceber a presença de alguns famosos, que se sentaram às mesas no setor abaixo do meu, na plateia, bem defronte ao palco. Fiz várias fotos com zoom e no modo noturno. Espero que fiquem boas neste blog e não percam sua definição. Dave Holland tocou com o lendário Miles Davis e também com o grupo de Pat Metheny. Estou ouvindo agora o CD "Like Minds", de 1998 (com Burton no vibrafone; Corea no piano; Haynes na batera, Holland no contrabaixo; e Pat na guita), que ganhei de uma grande amiga, já falecida, em 1999. Segue uma foto de Holland, iniciando o show:
No final da década de 60, Miles Davis ouviu Dave Holland tocando e o convidou para gravar com ele. Holland mudou-se, então, para NY e lá gravou um dos CDs que mais aprecio, o "Bitches Brew", de Miles. Sua carreira deslanchou...
Na foto acima, o pianista de jazz, de alto nível, que eu ainda não havia ouvido ao vivo, Craig Taborn. O trio tocava sorrindo, muito empolgado com a plateia brasileira, que os aplaudia em cada tema, especialmente, na linda composição "Breathe" do álbum "Prism".
A seguir, o inventivo e hiper-ativo batera, Obed Calvaire:
Ele, após seu solo e suas batidas de fusion, desceu até a plateia, conversou com um monte de gente, fez fotos com fãs e se sentou em uma mesa de músicos brasileiros, que estavam por lá no delírio total!
Com umas pegadas de funk e de prog rock, o trio embelezou a noite do BMW Jazz Festival no RJ e fez feliz cada um que esteve lá, certamente. O trio, a seguir, em uns minutos de performance. Lamentavelmente, errei com o controle do volume e não há áudio:
Na segunda parte desta noite do BMW Jazz Festival, o trompetista Chris Botti subiu ao palco com uma big band. Na composição, o guita carioca Leonardo Amoedo fez bonito, mas achei tudo muito comercial e me retirei no quarto tema. Para mim, o que Botti faz não é jazz! A rigor, detestei o cara!
Ainda no RJ, fui ao CCBB conferir a exposição de 180 peças de Dalí e tentei visitar as esculturas do famosésimo australiano Ron Muek, mas foi uma bad trip. O cara virou um cult entre os cariocas e as filas eram quilométricas em seu último dia de exposição no MAM Rio. Assisti, por fim, neste domingo, a uma estreia no cinema, do norueguês Joaquim Trier, com o seu "Oslo, 31 de agosto"; é um filme de 90 minutos, sobre o vazio, as drogas e o suicídio. Pesado, porém belo, com um epíteto a Schopenhauer. A última foto que segue é da exposição de Salvador Dalí do RJ. That's it! Thanks a lot, my friends and general audience!
domingo, 18 de maio de 2014
BMW JAZZ FESTIVAL, MUEK E DALÍ NO RJ
No final do mês, estarei na segunda noite do BMW Jazz Festival para ouvir, em um assento de camarote, o veterano e fantástico contrabaixista Dave Holland e integrantes de seu quarteto, que vêm ao Brasil para a edição do festival, que ocorrerá em SP, RJ e BH. Neste final de semana de maio, 31 e 1º de junho, visitarei a exposição de obras de Salvador Dalí, que será abrigada no CCBB do RJ. Também aproveitarei para visitar o último dia da exposição do escultor australiano Ron Muek, que vive na Grã-Bretanha, e concebe com tal detalhamento o corpo humano, que causa um efeito especial no olhar do observador. Aguardem meus comentários mais adiante! Grande abraço e obrigada pela frequência da galera que vive nos EUA ao meu blog. Vocês me leem mais que os blogueiros do Brasil! Grata pelos 33 mil acessos a este blog!
quarta-feira, 26 de março de 2014
ARTE EM SÃO PAULO (22 E 23 DE MARÇO DE 2014)
Olá, amigos e leitores! Estive em Sampa no finde passado. Fui, prioritariamente, visitar algumas exposições. Iniciei com os esboços e desenhos experimentais de Miró, "A Magia de Miró", na Caixa Cultural de SP, com curadoria de um fotógrafo e galerista, muito amigo do artista catalão, que é o dono do acervo. Havia de três a quatro esboços para cada tela a óleo conhecida, da fase final da vida e da produção pictográfica de Miró. Os esboços eram produzidos com tinta chinesa, nanquim ou litografia. Uma beleza de exposição, inovadora e bem-distribuída, cujos esboços estavam entremeados pelas fotos realizadas pelo próprio mentor e curador da mostra, Alfredo Melgar. Não tenho fotos, porque não era possível sequer fazê-las sem flash. A seguir, conferi a coleção de arte do casal Irene e Peter Ludwig, proveniente da Fundação Ludwig, na sede do CCBB de SP. Comprei o catálogo porque eu necessitava ler mais sobre esse casal de colecionadores, suas aquisições e respectivas filiais europeias. A sede da Fundação Ludwig fica em Aachen, na Alemanha. Abaixo, uma foto do átrio do CCBB com uma das acrílicas da coleção, pela primeira vez trazida ao Brasil:
Nessa mostra, vários artistas da ex-Alemanha Oriental, bem como artistas russos, foram expostos. Uma parte dessa coleção faz parte do acervo permanente da Galeria Russa, que fica em São Petersburgo, na Rússia. No meio da tarde de domingo, fui novamente visitar o acervo permanente do MASP de telas impressionistas. O conjunto de telas estava arranjado sob o título de "Passagens de Paris", menção ao conceito de 'passagens' de Walter Benjamin. Por fim, no início da noite, retirei os dois ingressos para a fotoexposição de David Bowie, no Museu da Imagem e do Som de SP, comprados pela WEB há dois meses. Com um amigo escritor, que vive em Sampa, fomos juntos conferir a magia e a inventividade de um de meus ídolos, o ator, cantor, compositor, artista plástico, produtor e performer, David Bowie. Também adquiri o catálogo da mostra, inaugurada anteriormente no 'Albert and Victoria Hall', de Londres. Foi possível acompanhar a exibição de figurinos, cenografias, letras de música, vinis, cenas de filmes, de peças teatrais e de shows orquestrados por Bowie, desde a década de 60 até os dias de hoje. Abaixo, uma foto da entrada da mostra no MIS. Abraço a todos!
segunda-feira, 3 de março de 2014
OSCAR 2014: JUSTO!
Oi, amigos e leitores. Assistimos à transmissão ao vivo pelo Canal ABC, no original, sem precisar contar com a palhaçada dos locutores do Canal TNT, que não sabem nada de cinema e sequer assistiram aos filmes que estavam concorrendo neste ano. Só fiquei intrigada pelo fato de que não mencionaram na noite a morte recente de Shirley Temple e o falecimento do diretor francês Alain Resnais. No entanto, houve uma homenagem a Judy Garland. Não entendi isso ou perdi algo na transmissão. Dei-me conta de que assisti a 17 dos filmes que estavam concorrendo, inclusive conferi a animação "Frozen, uma aventura congelante", dos estúdios Disney.
Aplaudi, logo no início, a outorga de Melhor Ator Coadjuvante ao belíssimo e talentoso Jared Leto, pela personagem assumida em "Dallas Buyers Club", de Jean-Marc Vallée. Também apreciei o prêmio de Atriz Coadjuvante à Lupita Nyong'o, em "12 Years a Slave", de Steve McQueen. Melhor Diretor ao mexicano Alfonso Cuarón não compreendi. "Gravity" é um filme com efeitos especiais impressionantes. Mereceu os prêmios de reconhecimento técnico/tecnológico, mas Melhor Diretor? A noite, decididamente, foi de Matthew McConaughey, Oscar de Melhor Ator, reconhecido por sua extraordinária atuação no "Dallas Buyers Club", uma espécie de memorial descritivo do início do tratamento da AIDS nos EUA, a partir de um coquetel de AZT que matava os pacientes, submetidos experimentalmente ao composto, em função de sua toxicidade. O personagem de McConaughey descobre um medicamento alternativo ao AZT e recebe da Justiça do Texas o direito de ministrá-lo, após muito contrabando de fármacos e enrolações junto à Receita Federal. É um filme importante, que recupera a história dessa doença na América. Kate Blanchet, estupenda em "Blue Jasmine", de Woody Allen, não exige maiores comentários. Mulher elegante, fez menção às suas concorrentes à Melhor Atriz com humildade e reconhecimento. Melhor Filme Estrangeiro, como não poderia deixar de ser, ao "A Grande Beleza", de Paolo Sorrentino! Por fim, Steve McQueen comemorou com sua equipe, ao final da cerimônia, o Oscar de Melhor Filme. "12 Years a Slave" tem um roteiro baseado nos diários de Solomon Northup, negro livre do Nordeste americano, sequestrado e vendido como escravo a fazendeiros do Sul. Nessa condição, ele sobrevive por 12 anos, até ser libertado pela Justiça e enviado de volta para casa. O filme retoma o tema da escravidão na América, pouco explorado no cinema, e parece que ainda traumático para a sociedade estadunidense. Aproveitem para assistir aos premiados, pessoal! Abraço a todos!
domingo, 16 de fevereiro de 2014
TUDO A QUE ASSISTI NO CINEMA: VERÃO 2014 (1ª PARTE)
Oi, pessoal! Quero deixar aqui inscrita a minha lista de filmes a que assisti no cinema entre janeiro e fevereiro, em Porto Alegre. Iniciarei pelos remakes, cult movies, que foram importantes para a minha geração. O 'Um corpo que cai' (Vertigo), de A. Hitchcock, saiu de cartaz de uma Sala Itaú. Quando ele reestreiou, a sala lotou e encontrei um amigo por lá em uma sessão após às 22h. Foi ótimo eu ter conferido a cópia porque não me lembrava de algumas cenas e de alguns detalhes. Da mesma forma, há uns 15 dias atrás, fui rever o "Fome de Viver", de Tony Scott, com a divina Catherine Deneuve e o camaleão David Bowie. O filme é um thriller do gênero gótico, sobre vampiros e suas eternas vidas entre os humanos, mas tem uma sofisticação ímpar não apenas pelo figurino, mas pela trilha musical, pela ambientação e pela estética da imagem. Os mais erotizantes são 'Ninfomaníaca', de Lars von Trier (sobre o qual escrevi neste blog, comentário muito lido na WEB) e "Azul, a cor mais quente', de A. Kechiche. Esse último o assisti há mais tempo, quando estreiou em Porto Alegre e não o comentei em meu blog, embora eu o tenha apreciado bastante. Depois, por ordem de afeto e apreço assisti aos:
'A Grande Beleza', de Paolo Sorrentino, que já foi agraciado com o Globo de Ouro 2014;
'Ela', de Spike Jonze, que comentei em um post logo abaixo deste;
'Philomena', de Stephen Frears, um diretor britânico que eu muito admiro, mas que há anos não conferia algo de sua lavra. A veterana e fantástica atriz Judi Dench é a protagonista deste longa e concorre a um Oscar de Melhor Atriz;
'O Lobo de Wall Street', de Martin Scorsese, com Leo Dicaprio arrasando, que disputará um Oscar de Melhor Ator;
'Blue Jasmine', assistido há mais tempo, com a maravilhosa atuação de Kate Blanchet, que concorrerá a um Oscar de Melhor Atriz;
'Álbum de Família', de John Wells, com a não menos maravilhosa Meryl Streep, que também concorrerá ao Oscar de Melhor Atriz. Dá para sacar que o embate será grande neste ano.
A entrega ocorrerá pela TNT na noite de 2 de março. Por fim, ainda assisti a um filme que fez sucesso no Berlinale de 2013, 'Gloria', filme chileno de Sebastián Lielo, e à versão cinematográfica de 'A Menina que roubava Livros', de Brian Percival.
A entrega ocorrerá pela TNT na noite de 2 de março. Por fim, ainda assisti a um filme que fez sucesso no Berlinale de 2013, 'Gloria', filme chileno de Sebastián Lielo, e à versão cinematográfica de 'A Menina que roubava Livros', de Brian Percival.
Aproveitem a safra e assistam, em especial, ao "Ela" (Her), porque ele é reflexivo e terapêutico, além do fato de que o Joaquin Phoenix está demais, como sempre! O filme "Trapaça" eu não tenho vontade de assistir; todavia, "12 de Escravidão" (ganhou o Bafta de Melhor Filme e de Melhor Ator) e "Caçadores de Obras-Primas" serão degustados no final de semana próximo! Abraço a todos!
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
''HER" (ELA, 2013), DE SPIZE JONZE
Olá, amigos e leitores! Tenho de comentar o filme a que assisti no início desses dias de férias. Conferi dez filmes, sendo que um deles era um documentário musical e outro, uma reprise, o maravilhoso e cult Fome de Viver, de Tony Scott, em cópia remasterizada (com aquele preâmbulo sinistro da Bauhaus tocando 'Bela Lugosi is dead'). Todavia, de tudo o que vi e sorvi, tenho de destacar o longa de Spike Jonze, o "Her" (Ela, de 2013). Eu não prestei atenção nesse filme, quando o Globo de Ouro 2014 foi entregue (Spike Jonze foi agraciado com o prêmio de Melhor Roteiro). Cometi um grande deslize, porque fui assistir ao Ela sem referência alguma, uma vez que não leio nada de comentários críticos sobre os filmes a que assisto antes de eu escrever o de minha lavra. Pois bem, conheço o Jonze muito mais como diretor de clipes famosos. Como sou tarada por música, no final dos 90, lembro-me de um clipe muito massa que o Jonze dirigiu para a banda Chemical Brothers. Na época, a Sophia Coppola foi a protagonista, encarnando o papel de uma ginasta, que apresenta seu performance ao som da música Elektrobank. Dá para checar o clipe pelo You Tube. Anos depois, a Sophia Coppola tornou-se esposa de Spike Jonze, mas o casamento não durou muito. Também conheço o clipe de Jonze para a Daft Punk, Da Funk, e para a banda Arcade Fire, que, aliás, faz parte da trilha do longa Ela. Spike Jonze parece que aprecia muito o som desses cara da Arcade! Nao posso deixar de comentar que também conheço os dois CDs de Scarlett Johansson, atriz premiada e também cantora. Seu primeiro álbum surgiu em 2008 ("Anywhere I Lay my Head", em sua maioria interpretando canções de Tom Waits, também ator veterano e cantor), mas o ouvi apenas em 2011, quando uma grande amiga o trouxe para mim de NY. Seu segundo álbum intitula-se "Break Up", do qual só possuo uma cópia. A Scarlett eh interessante como intérprete porque ela tem uma voz rouca e manhosa. Rouca mesmo, todavia, é Caren O, que interpreta a canção do filme de Jonze, The Moon Song, letra alinhada ao roteiro do filme, que trata de uma relação de amor virtual, de um rapaz solitário, que escreve cartas para ganhar a vida, e seu Sistema Operacional (SO), com uma voz feminina, justamente a voz de Scarlett, que não aparece visualmente no filme, mas apenas através de sua marcante e inconfundível voz (a canção-tema do filme é de Caren O, The Moon Song: I'm lying on the moon/ My dear, I'll be there soon/ It's so quiet starry place/ It's a dark and shiny place". Essa canção está concorrendo a Melhor Canção Original no Oscar 2014). O Sistema Operacional chama-se Samantha e é com ela que o personagem do ator Joaquin Phoenix interage durante o dia - e em sua alcova. O filme foi categorizado como comédia, mas não o considero como tal. Ele é melancólico e reflexivo, desvelando uma metáfora potente sobre a aridez dos relacionamentos interpessoais na era digital, sua indefectível superficialidade e, sobretudo, sua forma "líquida" (usando uma expressão de Bauman) com a qual se expressam, que vão e vêm de maneira volátil. Espero que esse filme ganhe também um Oscar de Melhor Roteiro na noite de 2 de março. Os filmes que Spike Jonze dirigiu em 1999 (Quero ser John Malkovich) e em 2002 (Adaptacao) também tiveram indicações ao Globo de Ouro e ao Oscar, embora o roteiro desses tenha sido assinado por Charlie Kaufman, não por Jonze. Para encerrar, eu gostaria de deixar uma provocação: por que o figurino do filme não condiz com o período em que o mesmo se desenrola? Se os Sistemas Operacionais chegaram a um sofisticado performance no seculo XXI, por que as roupas do protagonista e coadjuvantes é da década de 80, com o cós alto na cintura e a boca larga nas pernas das calças (vintage?)? Quem se habilita a dar um palpite? Valeu!
domingo, 12 de janeiro de 2014
"NYMPHOMANIAC" (2013), DE LARS VON TRIER (VOL. 1)
Como eu havia dito neste blog, fui assistir ao longa de Lars von Trier em uma Sala Itaú, em Porto Alegre, na terça, dia 14 de janeiro. Fiquei agitada com o som pesado, no prólogo do filme, de uma banda alemã que ouço há anos, a Rammstein. O tema é intitulado "Führe mich", o qual ouço agora em casa, com uma batida pesada magnetizante, cujo estribilho ecoa assim: "Guia-me, abraça-me (ou prenda-me?)". Como ao final do filme percebi que Lars von Trier agradece a várias pessoas e, dentre elas, seu conterrâneo dinamarquês Lars Ulrich, batera do Metallica, vou aguardar para ver se rola um tema dessa banda na segunda parte de "Ninfomaníaca", que von Trier denomina de segundo "volume" (possivelmente, porque há uma estrutura musical no filme). Esperemos que entre em cartaz no Brasil antes de março. O filme é repleto de erudições, intertextualidades e na trilha há um momento, na primeira parte, em que se ouve o sagrado Johann S. Bach (um prelúdio polifônico). Não sei por onde iniciar meu comentário, porque, já alavancado pela música, quero fazer remissão às obras literárias que o filme sinaliza e às artes visuais, posto que algumas cenas mais parecem fotogramas e lembram-me a obra de Egon Schiele. Esse pintor austríaco, tinha um ateliê próximo a Viena, que se tornou ponto de menores delinquentes. Ele mesmo abusou de uma menina e foi preso. Pintou inúmeras telas e fez esboços de genitálias, sempre com modelos. Obviamente, a sociedade do decadente império austro-húngaro não o compreendeu e o rechaçou, considerando o fato de que o modelo de arte, à época, era o de Klimt. Voltando ao longa, o elenco de "Ninfomaníaca" conta novamente com Stellan Skarsgard, ator sueco que andou fazendo filmes linha B, após ter participado de "Dogville", de Lars von Trier em 2003. Apreciei muito o perfomance de Skarsgard em um longa de Milos Forman, de 2006, no papel de Goya, cujo roteiro foi escrito pelo diretor com a parceria de Jean-Claude Carrière. Um belíssimo filme! Charlotte Gainsbourg, a ninfomaníaca do filme (na juventude, ela é representada pela atriz Stacy Martin), é anglo-francesa, cantora e filha de Jane Birkin; tem um currículo expressivo na música, no cinema e como modelo fotográfico. Nós a vimos na pele de Claire, há pouco, no "Melancholia", de von Trier, em 2011, filme que causou a maior evasão de uma sala de cinema que já presenciei em minha vida. Lembro-me de Charlotte atuando em "21 gramas", de 2003, do diretor Alejandro G. Iñarritu. Depois, em "Não estou lá", de Todd Haynes, em 2007, filme sobre a vida e a obra de Bob Dylan. O pesado marketing, que vem desnudando em partes o longa "Ninfomaníaca", que, originalmente, tem oito horas de duração, já me deixou vários dias à procura de teasers liberados pela produção no site do You Tube. Ainda sobre o elenco, vi Uma Thurman, em uma rápida aparição em uma cena de adultério, Christian Slater, que não esqueço porque fez Adso, o noviço de "O Nome da Rosa", além de um ator em início de carreira, que conheço pouco: Shia LaBeouf. Sobre as intertextualidades literárias, Edgar Allan Poe é citado no início do primeiro volume e creio que o nome da protagonista "Joe" faz algum jogo fonético com "Poe". No prólogo, quando toca o tema da Rammstein, Joe, a ninfomaníaca, está deitada, machucada e desacordada sobre o chão de um beco escuro. Note-se que é inverno, cai uma neve fina, cujos flocos contrastam com a cena escura e tensa. O personagem de Skarsgard a leva para sua casa e a trata. Não há como não fazer uma conexão com o final da vida do próprio Poe, em uma rua de Baltimore, caído no meio-fio, de tanto beber. Joe ouve de seu protetor essa história e sobre o delirium tremens que acometeu Poe. "A queda da Casa de Usher" é um dos contos que mais aprecio de Edgar Allan Poe. Seu protagonista vive em total desacordo com o ritmo de seu mundo. Parece-me que von Trier inspirou-se nessa narrativa para conceber sua ninfomaníaca, embora eu não possa afirmar, porque não assisti à segunda parte, ou volume. A heroína vive de sexo, alimenta-se de sexo e inicia uma 'queda' rumo às perversões mais sombrias da condição humana. Só sei que Williem Dafoe vai aparecer na segunda parte e não sei a que virá, porque não leio os textos de críticos, até escrever o meu próprio comentário. Tenho a intuição, pelos teasers que vi, que será pesada! Retomando o longa, a pesca é uma forte metáfora presente no roteiro e em imagens documentais inseridas no filme. Joe percebe que há uma mosca ninfa presa entre penas/plumas na parede da casa de seu protetor. Usa-se um tipo de mosca como isca de pesca, mosca que tem três fases de ninfa; depois, ela torna-se um inseto adulto. Tive um pai, que, além de artista gráfico e jornalista, era pescador e não raras vezes fui eu a contemplada para acompanhá-lo em pescarias rápidas, de um dia. Imaginei cenas do texto de "Moby Dick", de H. Melville, das aventuras do 'Pequod', enquanto o personagem de Skargard explica para Joe os detalhes sobre a pesca com a mosca ninfa. Ao final do filme, após as narrativas eróticas da menina Joe, ouve-se novamente o som de Rammstein, fechando o primeiro volume. Uau! David Lynch que se cuide! Aguardemos a segunda parte, que promete! De qualquer modo, o que vi na tela é muito honesto e sua abordagem é séria! Espero que ajude, no 'espelhamento', a muitas pessoas, problemáticas e mal-resolvidas em relação às suas sexualidades! Abraço a todos!
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER: FIQUEM ATENTOS!
(revisado pela segunda vez!)
Vou me pronunciar hoje sobre um tema que não é de teor intelectual ou cultural, propriamente. Peço às mulheres que lerem ao meu comentário, em especial, que se pronunciem, deixando um recado, um toque, um lamento. Somente a informação, a troca de experiências, a leitura aprofundada e o conhecimento jurídico transformarão a história deste país, do ponto de vista dos direitos da mulher. No semestre que passou, tive duas experiências com alunas minhas que sofreram violência física de parte de seus namorados/companheiros. Acabei envolvida diretamente em um episódio que ocorreu em minha sala de aula. Uma pessoa da turma havia sido vítima de agressões na noite anterior e, naturalmente, no dia subsequente, o cônjuge estava arrependido e se encontrava de prontidão na porta de minha sala de aula para 'conversar'. Fiquei mais atenta ainda! Uma semana depois, uma outra menina apareceu machucada em minha sala. Obviamente, não fui invasiva perguntando diretamente sobre o ocorrido, mas, desconfiada, perguntei a várias outras meninas e consegui descobrir: ela, tendo terminado um namoro, foi pega na descida do ônibus, chegando em seu município, já tarde da noite, por um namorado descontrolado e insatisfeito com o rumo do relacionamento. Ele bateu bastante na moça e a deixou marcada nos braços, sobretudo. Isso é simplesmente absurdo, inaceitável, revoltoso e profundamente injusto. Não é preciso ser ativista dos direitos humanos para vilipendiar esse tipo de conduta e julgá-la como uma das mais ímpias e sórdidas da natureza humana! A Lei n. 11340, sancionada em 2006, pelo ainda Presidente Lula, intitulada Lei Maria da Penha, é clara:
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
Portanto, não é preciso apanhar de um namorado ou ex-namorado para acionar essa lei, nada disso. Há outras formas de violência que não deixam marcas visíveis, mas que submetem mulheres ao medo, ao infortúnio emocional, a doenças crônicas e a outros conflitos marcados por episódios passados, que reverberam em todas as dimensões de suas vidas.
Não se omitam em relação à violência. Denunciem, procurem seus amigos, conversem com quem já passou por algo semelhante e tomem providências, sem medo de represálias ou mesmo de vinganças patológicas. Abraço a todos/todas que me leem! Um feliz 2014!
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
POST IN PROGRESS
Vou iniciar o ano comentando filmes a que assisti e não os contemplei aqui: "Lore", "La Vie d'Adele" (Azul é a cor mais quente), "Questão de Tempo" e a versão remasterizada de "Vertigo" (Um corpo que cai), de A. Hitchcock. Todos esses longas seguem em cartaz em Porto Alegre. Também comentarei os livros a que li até agora e/ou iniciando a leitura: um de Robert Löhr, um escritor berlinense de romances históricos, que esteve na Feira do Livro em 2013; a coletânea de poemas e outros escritos de Ana Cristina César, que acabou de sair no mercado editorial com o título de "Poética" e agora inicio um recém-lançado de artigos de Estética.
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